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Uma massa de ar frio avança pela Argentina e o Uruguai, deslocando-se para o Brasil, onde terá efeito limitado na temperatura, de acordo com a análise dos meteorologistas da MetSul Meteorologia.

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Trata-se de uma incursão de ar frio de trajetória marítima, que se desloca pelo Oceano Atlântico, e não de trajetória continental, pelo interior do continente, o que costuma trazer ar mais gelado.

Esta incursão de ar frio foi responsável nesta terça por um amanhecer de temperaturas baixas na Argentina. Na Grande Buenos Aires, a mínima desceu a 2,4ºC no Aeroporto de Ezeiza. Na capital, no observatório central da Cidade de Buenos Aires, os termômetros indicaram 6,0ºC.

Na Patagônia, muitas cidades experimentaram temperatura abaixo de zero com marcas congelantes. As mínimas foram de -9,0ºC em Gobernador Gregores; -8,6ºC em Rio Gallegos; -5,6ºC em Maquinchao; -3,6ºC em Perito Moreno; -2,9ºC em Rio Grande; e -2,1ºC em Santa Cruz.

Uma vez que se trata de uma massa de ar de trajetória marítima e que não vai chegar ao Brasil com a mesma intensidade, o frio aqui não será tão intenso e o alcance da incursão fria será limitado.

O frio será sentido mais no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul, mas, em particular, na Metade Sul gaúcha. Cidades da fronteira com o Uruguai, da Campanha e do Sul gaúcho como Quaraí, Livramento, Dom Pedrito, Bagé, Pedras Altas, Pinheiro Machado, Hulha Negra, Jaguarão, Santa Vitória do Palmar, Pelotas, Rio Grande, Arroio Grande, Canguçu, Morro Redondo, Piratini, Pedro Osório, e outras, devem sentir o maior impacto do ar frio com as menores temperaturas.

No Sul do estado, as madrugadas mais frias devem ser as desta quarta, quinta e sexta com marcas ao redor e abaixo de 5ºC em diversas localidades. Na Serra do Sudeste, nas áreas de Pedras Altas e Pinheiro Machado, alguns pontos podem ter marcas até perto de 0ºC. Na região de Pelotas e Rio Grande, as mínimas devem ficar em torno de 7ºC a 10ºC.

Nas áreas de maior altitude do Rio Grande do Sul, nos Campos de Cima da Serra, onde os picos atingem 1000 metros de altitude ou mais, o que faz da região ser a mais fria do estado, o efeito do ar frio será reduzido porque haverá maior nebulosidade e até chance de precipitação em alguns pontos.

Em Porto Alegre e região metropolitana, o frio não terá nada de excepcional com marcas nas madrugadas de quinta e sexta próximas do que é comum nesta época do ano, que devem ficar entre 10ºC e 13ºC.

No Paraná, em Curitiba, a influência do ar frio na costa deixará os dias com temperatura mais baixa na segunda metade da semana. Com muitas nuvens e períodos de chuva e garoa, as mínimas não caem muito, mas as máximas durante o dia diminuem bastante. A tarde de quinta pode ter marcas de 14ºC a 15ºC.

Em São Paulo, a influência do ar frio também será limitada e vai se dar em pontos perto da costa. Tal como em Curitiba, a cidade de São Paulo não deve ter mínimas baixas. O que vai ocorrer serão máximas menores com tardes ao redor de 20ºC ou menos durante esta segunda metade da semana, com maior nebulosidade e períodos de garoa e chuva.

No Rio de Janeiro, refresca no final da semana com possibilidade de chuva na capital fluminense no final da sexta e durante o sábado. As tardes de sexta e do sábado devem ter máximas mais baixas.

Frio trará geada

Uma vez que se tratará de uma massa de ar de frio de trajetória marítima, não forte e ainda com alcance limitado, obviamente não haverá formação de geada ampla no Sul do Brasil durante os próximos dias.

Os mapas a seguir mostram a tendência de probabilidade de geada no Sul do Brasil para as madrugadas de quarta, quinta e sexta, de acordo com a mais recente saída do modelo meteorológico canadense.

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Como se observa, a probabilidade maior é de gear no Sul do Rio Grande do Sul, em especial na fronteira com o Uruguai, na Campanha e na Serra do Sudeste, onde estão as maiores elevações do Sul gaúcho.

Como consultar os mapas

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