A chuva no Brasil reflete uma dinâmica atmosférica típica de inverno nestes próximos 10 dias. As precipitações vão se concentrar principalmente nos extremos do país com mais um período seco no interior do continente.
SUL
Uma frente fria irá se deslocar pelo Sul do país nesta semana com chuva. Os maiores acumulados são esperados, especialmente entre o Norte do Rio Grande do Sul, Centro-Leste de Santa Catarina e o Paraná. Nesse sentido, modelos projetam volumes entre 25 mm e 50 mm em alguns pontos. Por outro lado, há projeção de acumulados ao redor de 100 mm nos Campos de Cima da Serra e Leste do Paraná. Simultaneamente em grande parte do Sul do país a escassez de chuva irá persistir com previsão de pouca chuva.
SUDESTE
A frente fria que passará pelo Sul devera alcançar o estado de São Paulo entre quarta e quinta-feira. O impacto deste sistema meteorológico em termos de chuva será mais restrito e, sobretudo, irá se concentrar no Leste da região. Neste ínterim o maior acumulado de precipitação é previsto para o Vale do Ribeira, Grande São Paulo, Litoral e Vale do Paraíba com projeção ao redor de 100 mm o que representa quase a média histórica de todo o mês de maio. No Leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo pode ocorrer aumento de nuvens e chuva com a passagem da frente fria. Já na Metade Oeste de São Paulo e Minas Gerais mais um período de tempo seco com sol e baixa umidade relativa do ar.
CENTRO-OESTE
Padrão de inverno no Centro Oeste do país impede a formação de nuvens e inibe chuva na maior parte da região. Desde o dia 1° até agora o Mato Grosso é o campeão em numero de focos de queimadas no Brasil por conta deste período persistente de tempo seco favorável a queimadas na região. O Noroeste do Mato Grosso poderá ter alguns eventos isolados de chuva que podem gerar volumes ao redor de 25 mm. No extremo Sul de Mato Grosso do Sul também há chance de instabilidade. No estado de Goiás e no Distrito Federal serão dez dias de muito sol e ar seco.
NORDESTE
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) segue tendo papel importante na distribuição da chuva no Nordeste do país, sobretudo no setor Norte da região. Modelos projetam acumulado superior a 200 mm no Norte do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Ao mesmo tempo chove com acumulados ao redor de 100 mm entre Pernambuco, Alagoas, Sergipe e o extremo Norte da Bahia. Já o Agreste sofre com a manutenção da estiagem com previsão de um período de muito sol, baixa umidade e temperatura alta a tarde.
NORTE
A ZCIT mantém os maiores acumulados de precipitação do país na Região Norte. Como resultado, a projeção é de acumulados ao redor de 300 mm no Amapá em 10 dias, o que representa a chuva de um mês inteiro. Nesse meio tempo chove bastante também em Roraima, Norte do Amazonas e Pará com projeção de acumulados ao redor de 100 mm. O período será muito seco, sem chuva no Tocantins, Sul do Pará e em grande parte de Rondônia e do Acre. Nas demais regiões, os acumulados poderão somar ao redor de 25 mm a 50 mm.