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Portugal enfrenta nesta semana um dos momentos mais críticos da atual temporada de incêndios florestais. O governo decidiu prolongar o estado de alerta até domingo (17), às 23h59, devido ao elevado risco de fogo em todo o território, informou a agência Lusa.

Incêndios estão fora de controle em Portugal | PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP/METSUL

A decisão foi anunciada pela ministra da Administração Interna, num cenário em que frentes de incêndio ameaçam populações, patrimônio e ecossistemas.

Ao todo, mais de 2.700 bombeiros, apoiados por 850 meios terrestres e 25 meios aéreos, atuam nos principais teatros de operações: Trancoso, Sátão, Cinfães, Arganil, Portalegre e Lousã.

O incêndio de Sátão, com seis frentes ativas, já atingiu cinco concelhos vizinhos. Em Sernancelhe, a situação é ainda mais delicada: o município está cercado por dois focos de fogo — o de Sátão, de um lado, e o de Trancoso, do outro. O presidente da Câmara, Carlos Santos, decretou emergência municipal e adaptou um pavilhão para receber moradores retirados de casa.

Outro foco que preocupa autoridades é o incêndio que atinge Portalegre e Castelo de Vide, com três frentes ativas. Por volta das 21h30 de quinta-feira (14), o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Paulo Santos, confirmou avanço das chamas na variante de Castelo de Vide e na direção de Póvoa e Meadas, além de uma forte reativação na Tapada do Loureiro, em Portalegre.

O vento forte provocou chamas enormes que chegaram a ameaçar um posto de combustíveis na entrada de Castelo de Vide. Militares retiraram todos os veículos da área e cortaram a Estrada Nacional 246-1.

O Ministério da Defesa anunciou o envio de três pelotões de rescaldo e vigilância pós-incêndio, acrescentando 60 militares ao dispositivo. Desde o início da época de fogos, o Exército já disponibilizou mais de 3.200 efetivos.

O ministro Nuno Melo voltou a criticar decisões de governos anteriores que retiraram das Forças Armadas a competência direta para combater incêndios, mas sublinhou que o atual Executivo procura reverter este cenário.

O primeiro-ministro Luís Montenegro abriu o discurso falando sobre a crise. Classificou a situação como “plena guerra”, “flagelo” e “tragédia”, afirmando que as prioridades são proteger vidas e patrimônio. “Não vou fazer uma avaliação disso porque estamos em plena guerra. Não é a meio da guerra que vamos fazer essa discussão”, disse.

As autoridades mantêm atualizações permanentes sobre a evolução dos incêndios e pedem que a população siga as orientações de segurança, evite deslocamentos desnecessários para zonas de risco e colabore com os bombeiros no terreno.

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