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Instituto Mar Urbano

A poluição resultante do descarte irregular de equipamentos de proteção individual usados na epidemia do coronavírus é tema que preocupa no mundo todo e agora começa a ser um problema também no Brasil. 

No fim de julho, o fotógrafo Ricardo Gomes, formado em Biologia Marinha pela UFRJ e diretor do Instituto Mar Urbano, percorreu algumas praias do Rio de Janeiro como Ipanema e registrou máscaras de proteção boiando no mar e na Baía da Guanabara.

Instituto Mar Urbano

”Desde que liberaram, em julho, atividades nas praias, tenho visto essas máscaras no mar. Vale lembrar que enxergamos na superfície apenas 15% do lixo oceânico. Se encontramos algo boiando, é só a ponta de um iceberg”, disse. 

A questão dos EPIs no ambiente tem sido tema recorrente na Europa. Embora as luvas não sejam oficialmente recomendadas para uso regular, supermercados e outras lojas geralmente fazem com que os compradores usem uma antes de entrar na Europa. As luvas também não são recicláveis. Cidades espanholas já notaram o crescente problema do lixo de coronavírus e diversos municípios estabeleceram multas para descarte irregular  que variam entre €100 e €3.000.


Em Miami, nos Estados Unidos, surgiu o #TheGloveChallenge no Instagram. Centenas de pessoas, de todos os cantos do mundo, postaram mais de 1.000 fotos de luvas descartadas nas ruas.

Mesmo que máscaras ou luvas sejam atiradas em terra, elas podem facilmente chegar ao oceano. O vento ou a chuva podem levá-los a rios ou lagos que correm para o mar.

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