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PASTELINA/DIVULGAÇÃO

Um dos produtos mais queridos pelos gaúchos, os salgadinhos Pastelina, teve sua unidade de fabricação duramente atingida pela enchente no Quarto Distrito da cidade de Porto Alegre.

Falando à reportagem do Jornal do Comércio, o CEO da empresa afirmou que na fábrica “sobraram as paredes e o telhado”. Ele estima o retorno das atividades em cerca de dois meses.

A Pastelina tem sede na rua Comendador Coruja, no bairro Floresta, onde a enchente fez com que a empresa perdesse máquinas, equipamentos, matéria prima, informa o CEO da empresa Marcelo Gonçalves.

Em abril, logo antes da enchente, a marca tinha lançado três novos sabores e se preparava para ainda neste ano ampliar sua planta para atender à demanda das novas versões do salgadinho.

“Infelizmente, foi uma tragédia, uma fúria da natureza imensurável, incalculável, que ninguém tinha noção da proporção gigantesca que ia tomar essa tragédia. Colocamos tudo no meio da rua. Lá se foi nossa história toda. Não tem nenhuma máquina dentro da empresa hoje. Mandamos tudo para as oficinas para ver o que conseguimos recuperar”, narra o CEO da Pastelina.

“Tenho o sonho de botar essa empresa de pé de novo”, diz, destacando que a surpresa positiva do momento adverso foi o apoio da clientela fiel da marca. “Fomos surpreendidos pelo quanto a Pastelina, assim como tantas outras marcas, são importantes. Às vezes, a gente não tem noção do quanto é querido, é acolhido, abraçado pelos quatro cantos do Estado e até longe do Rio Grande do Sul”.

A equipe conseguiu voltar à indústria na semana passada, no dia 28 de maio, ainda com água na altura da bota, como conta Marcelo. “É muito triste para mim que vivo, respiro a Pastelina. Isso aqui é a minha vida e a minha história. Com o maior orgulho, carrego essa bandeira. É desolador. Chorar é pouco, a gente é tomado de um sentimento de muita tristeza. Mas encontrei no carinho do nosso consumidor, dos nossos parceiros, muita força”, contou emocionado ao Jornal do Comércio.

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