Brasília terá chuva depois de mais quatro meses de seca com maior instabilidade prevista para a segunda metade da semana que vem | MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL/EBC

Áreas mais ao Sul do Brasil, como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, não possuem uma estação seca e outra chuvosa. As médias de chuva, embora variações mensais, não apresentam extremos de baixa e alta entre as diferentes épocas do ano, apesar de que meses de inverno e primavera tendem a ser mais chuvosos. No Centro do Brasil, ao contrário, parte do ano é muito chuvosa e outra parte tem predomínio do tempo seco.

A temporada seca, entretanto, começa a chegar ao fim gradualmente no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil. Não choveu ainda em todas as áreas, mas nos próximos sete a dez dias a chuva vai alcançar muitas cidades que há meses não registram precipitação, como é o caso da capital federa.

Brasília completa 130 dias sem registro de precipitação e deve ter instabilidade isolada nos próximos dias no Distrito Federal. O melhor, porém, vem na segunda metade da próxima semana. Os dados dos modelos meteorológicos indicam alta probabilidade de chuva mais volumosa, inclusive com pancadas fortes e risco de temporal, em Brasília entre os dias 22 e 24.

No Mato Grosso, nos últimos dias, pancadas isoladas ocorreram em vários municípios. O Aeroporto de Cuiabá ontem chegou a reportar garoa e a temperatura às 15h era de 23ºC, muito abaixo dos 38ºC da antevéspera no mesmo horário. Efeito de uma frente fria entre o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil que provocou chuva ainda no Mato Grosso do Sul, no Sul de Goiás, grande parte de São Paulo, pontos de Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

Nesta sexta, a instabilidade diminui na maior parte do Mato Grosso do Sul e São Paulo, mas ainda chove em áreas perto de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e da costa no estado paulista. A chuva aumenta no Rio de Janeiro e no Sul de Minas Gerais, devendo se estender a pontos do Centro do estado de Minas. Deve chover ainda em vários pontos do Triângulo Mineiro, o que vai trazer um esperado alívio no calor e na secura extrema. A instabilidade vai rumar depois para o Espírito Santo, que enfrenta seca.

O começo do fim da estação seca fica evidente pelos mapas de chuva dos modelos numéricos. Os mapas a seguir mostram as projeções de chuva para o Centro-Sul do Brasil nos próximos dez dias do modelo norte-americano GFS, do canadense CMC e do europeu ECMWF. Os modelos estão em acordo sobre precipitação generalizada no Centro-Sul do Brasil com as precipitações mais amplas e volumosas na próxima semana.

À medida que avança a primavera, a chuva aumenta e se torna mais frequente nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste. Inicialmente, na primavera deste ano, a chuva ainda será por demais irregular, mas aumenta muito em novembro com excessos de precipitação previstos pela MetSul para o Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

Como consultar os mapas

Todos os mapas de chuva neste boletim, e outros de temperatura, risco de granizo, vento, umidade, pressão atmosférica, geada e neve, dentre outras variáveis, podem ser consultados a qualquer hora pelo nosso assinante (assine aqui) na seção de mapas. As projeções dos modelos atualizam duas a quatro vezes por dia, de acordo com cada simulação. Na seção de mapas, é possível consultar ainda o modelo WRF de altíssima resolução da MetSul.