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Os últimos dias de agosto e os primeiros deste mês de setembro registraram na Amazônia números excepcionalmente altos de queimadas, especialmente nos estados do Acre e Amazonas. Os números são tão altos que rivalizam com os dos piores anos de queimadas no bioma, registrados entre 2002 e 2007. Entre os dias 22 de agosto e 4 de setembro, quatro dias tiveram valores diários acima de 3 mil focos de calor, de acordo com dados do programa de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. As queimadas ocorrem em áreas que foram desmatadas, sinalizado uma degradação ainda maior da cobertura vegetal da Amazônia. Imagens feitas pelo fotojornalista Douglas Magno, da agência France-Presse (AFP), parceira da MetSul na distribuição de conteúdo, mostram a gravidade da situação na Amazônia nos últimos dias.

Foto aérea mostra área desmatada e queimada da floresta amazônica na região de Lábrea, estado do Amazonas, em 2 de setembro de 2022. O estado do Amazonas apenas nos primeiros três dias do mês superou a metade da média histórica de queimadas de todo o mês de setembro | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Fumaça das queimadas toma conta da floresta como se fosse nevoeiro na região de Lábrea, estado do Amazonas, na sexta-feira. A Amazônia brasileira registra seu pior começo de mês de setembro de fogo em muitos anos com números equivalentes ao pior período de queimadas entre 2002 e 2007. | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Vista aérea de uma área queimada na floresta amazônica, perto da Reserva Extrativista Lago do Cunia, na divisa dos estados de Rondônia e Amazonas, em 31 de agosto de 2022. Especialistas dizem que os incêndios são causados ilegalmente para limpar a terra após desmatamento para agricultura e pecuária | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

No meio da floresta, uma zona desmatada e queimada em Lábrea, no Amazonas, que concentra grande parte das queimadas no bioma desde o fim de agosto e que persiste neste começo de mês de setembro com altíssimo número diário de focos de calor | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Floresta amazônica devastada na região de Lábrea, estado do Amazonas, com dezenas de milhares de árvores dando lugar a campo aberto com desmatamento seguido de fogo | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Quantidade enorme de árvores no chão e queimadas após desmatamento ao lado de uma área da floresta que ainda resiste em Lábrea, estado do Amazonas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que a situação de fogo mais crítica no momento ocorre no Sul do estado amazonense | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Dia e noite a floresta tem ardido com milhares de focos diários de calor na região amazônica. Somente nos últimos três dias, o bioma registrou 10 mil focos de calor por queimadas pelos dados de satélites monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Foto aérea de uma área queimada na floresta amazônica no Parque Nacional Mapinguari, em Porto Velho, na divisa dos estados de Rondônia e Amazonas, em 1º de setembro | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Zona mais crítica de queimadas e desmatamento ocorre na região onde convergem os estados do Amazonas, Acre e Rondônia (Amacro). “Participo do monitoramento há mais de dez anos, e nunca tinha visto um desmatamento tão grande e também com tanta fumaça”, relatou Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil. | DOUGLAS MAGNO/AFP/METSUL METEOROLOGIA