O Hemisfério Sul registrou em abril o seu mês mais quente desde o começo das observações, de acordo com dados de clima divulgados pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos. Conforme os meteorologistas da NOAA, O Hemisfério Sul não apenas experimentou seu abril mais quente até hoje como foi o mês mais quente já registrado. A temperatura de abril de 2023 superou a do mês mais quente recorde anterior no Hemisfério Sul, que foi março de 2016, em 0,06°C.
Abril de 2023 marcou o primeiro mês no Hemisfério Sul em que as temperaturas médias ultrapassaram 0,9°C acima da média do século XX. Houve forte influência do intenso El Niño costeiro nas costas do Peru e Equador para que fosse atingida esta marca.
Enquanto isso, o Hemisfério Norte teve seu nono mês de abril mais quente, embora as temperaturas apenas oceânicas no Hemisfério Norte tenham empatado com 2020 como as mais quentes já registradas para o mês.
O mês passado foi classificado pela NOAA como o quarto abril mais quente do mundo já registrado. As temperaturas oceânicas globais da Terra foram recordes para o mês e ficaram em segundo lugar entre todos os meses da série histórica.
A temperatura média global em abril foi 1,00ºC acima da média do século XX, classificando-se como o quarto abril mais quente no registro climático de 174 anos da NOAA. Abril de 2023 marcou o 49º mês consecutivo de abril e o 530º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século XX no planeta.
As temperaturas oceânicas globais estabeleceram um recorde para abril em 0,86ºC acima da média de longo prazo. Isso marcou a segunda maior temperatura mensal dos oceanos em qualquer mês, apenas 0,01ºC abaixo do recorde de janeiro de 2016.
De acordo com a NOAA, há uma chance praticamente certa (maior que 99,0%) de que 2023 vai figurar entre os 10 anos mais quentes já registrados e uma chance de aproximadamente 93% de que esteja entre os cinco primeiros mais quentes.