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O nível do Guaíba está em elevação no começo desta terça-feira em Porto Alegre e já supera a cota de inundação na área do Cais Navegantes, na margem mais ao Norte da cidade, mostram dados de estações de telemetria de medição.

GABRIEL WOLKIND

No começo da manhã desta terça-feira, o nível do Guaíba estava em 3,04 metros (4 cm acima da cota de inundação) no Cais Navegantes; 2,86 metros (14 abaixo da cota de inundação) no Cais 66 (Rodoviária); e 2,83 metros no Cais Central da Mauá (17 cm abaixo da cota de inundação).

Como a MetSul Meteorologia havia previsto, o pico desta segunda onda de cheia se daria entre terça e quarta com a chegada da vazão dos rios contribuintes e não pelo vento Sul do domingo que tem efeito de alta limitado e ocorreu antes mesmo da chegada da onda de vazão pela chuva do fim de semana.

Os níveis atuais, entretanto, ainda estão abaixo dos picos da primeira onda de cheia da semana passada, quando o Guaíba atingiu 3,25 metros (25 cm acima da cota de inundação) no Cais Navegantes; 3,01 metros (1 cm acima da cota de inundação) no Cais 66 (Rodoviária); e 2,95 metros no Cais Central da Mauá (5 cm abaixo da cota de inundação).

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Como estão os rios que desembocam no Guaíba? O Jacuí em São Jerônimo no começo desta manhã estava em 5,90 metros, ou 1,26 metro acima da cota de inundação, mas começava a mostrar tendência de estabilidade. Na primeira cheia, dez dias atrás, o Jacuí chegou a 6,91 metros na localidade.

Já o Rio Taquari estava no começo desta manhã em 17,25 metros no Porto de Estrela e baixando. Ontem, o pico de cheia foi de 22,4 metros, inferior ao do dia 19 de junho de 23,2 metros.

O Rio Caí, por sua vez, estava com 9,65 metros, ainda perto da cota de inundação de 10 metros em São Sebastião do Caí, mas continua baixando. O pico de cheia agora foi de 12,2 metros, mas em 19 de junho chegou a 12,90 metros.

Os demais rios, de menor contribuição, são o Gravataí e o Sinos. O Sinos sequer está em cota de inundação no Vale e o Gravataí também está abaixo da cota de inundação em Gravataí. Nenhum terá uma grande cheia.

Sob este cenário, de acordo com a avaliação da MetSul Meteorologia, a tendência é o Guaíba ainda subir, mas não muito. A onda de vazão dos rios contribuintes não chega a ser significativa e não tem como proporcionar uma elevação expressiva.

Assim, o cenário mais provável é que até amanhã o Guaíba ainda possa subir, porém atingindo cotas perto (mais provável) ou ao redor dos picos observados na primeira onda de cheia no dia 25 de junho, devendo baixar no final desta semana. Mesmo assim se manterá alto até a segunda semana de julho.

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