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Guaíba baixou mais 10 cm nas últimas 24 horas em Porto Alegre | FERNANDO OLIVEIRA

A sexta-feira começa com o Guaíba mantendo a sua curva de baixa, embora pequenas e temporárias oscilações, afastando-se cada vez mais da cota de inundação de 3,00 metros no Cais Mauá.

Dados da régua eletrônica da empresa TideSat, instalada no Cais Mauá, no Centro de Porto Alegre, mostravam o Guaíba no final da madrugada desta sexta-feira com 2,41 metros.

Ontem, no mesmo horário, a régua eletrônica no Cais Mauá apontava nível de 2,53 metros. Ou seja, o Guaíba recuou mais cerca de 10 centímetros durante as últimas 24 horas.

Com isso, o Guaíba está mais de meio metro abaixo da cota de transbordamento no cais de 3,00 metros e mais de dois metros e meio abaixo do pico da cheia observado na primeira semana de maio, que estimamos entre 5,15 e 5,30 metros.

São excelentes notícias porque o Guaíba está baixando para cotas que, mesmo um episódio forte de vento Sul, não causa transbordamento. Por quê? Com vento Sul intenso, pode subir até meio metro.

Caindo abaixo da cota de 2,50 metros entra-se numa margem de segurança em que o transbordamento é difícil mesmo sob episódio do vento do quadrante Sul muito forte a intenso como, por exemplo, na hipótese de um ciclone.

A tendência é que o Guaíba siga baixando. O cenário é extremamente favorável à baixa porque não há praticamente previsão de chuva até a metade do mês, portanto por mais uma semana, dentro de um período prolongado de chuva escassa e ar mais quente.

Logo, não haverá chuva que interfira no nível do Guaíba em mais uma semana e sem expectativa de ar frio chegando à Lagoa dos Patos não haverá nenhum episódio de vento do quadrante Sul forte que possa gerar repique temporário.

Esta tendência de baixa por mais uma semana porque levará o Guaíba a níveis muito mais baixos quando do retorno da chuva na segunda metade deste mês.

O inverno, sempre é importante lembrar, é uma estação mais chuvosa no Rio Grande do Sul e podem ocorrer episódios de chuva volumosa na estação em qualquer ano, assim que um período mais prolongado de tempo firme, como o atual, depois de enchente sem precedentes, é fato extremamente positivo para que o manancial esteja muito mais baixo quando da próxima chuva volumosa.

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