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Grande explosão solar deste domingo de Páscoa foi a terceira maior até agora no atual ciclo solar de 11 anos | SOHO/NASA

O sol registrou grande explosão solar neste fim de semana de Páscoa, provocando apagões de rádio na Terra e sinalizando o que deve ser um período muito favorável a tempestades solares nos próximos dias à medida que um complexo de manchas na superfície do sol e muitos ativas deve ficar voltada para o nosso planeta nos próximos dias.

A erupção solar da Páscoa atingiu o pico à 0h34 deste domingo e foi seguida minutos depois por uma enorme erupção solar conhecida como ejeção de massa coronal, de acordo com o Centro de Previsão do Tempo Espacial dos Estados Unidos (SWPC), que integra a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA).

A explosão foi registrada como uma tempestade solar da classe X1.1 (as tempestades da classe X são as mais poderosas do sol) e durou cerca de 34 minutos, disseram autoridades do SWPC.

A erupção originou-se das regiões 2994 e 2993, um aglomerado de manchas solares ativas que viu “explosões significativas” desde que apareceu na extremidade do sol, informou o SWPC.


“Espera-se que a atividade solar esteja ativa na próxima semana, à medida que essas manchas solares migram pelo disco visível do sol”, escreveu a agência em uma atualização.

Uma vez que as manchas se aproximam de uma posição voltada para a Terra cresce o risco de tempestades solares geoefetivas, ou seja, capazes de produzir efeitos em nosso planeta.

Conforme o centro da NOAA de tempo espacial, a erupção solar desta Páscoa gerou um breve apagão de rádio e foi classificada como uma explosão de rádio solar Tipo II.

“Tais rajadas são produzidas por ondas de choque nas extremidades das ejeção de massa coronal”, escreveu o astrônomo Tony Phillips, do Spaceweather.com, em uma atualização.

Como a erupção ocorreu no extremo do sol, a ejeção de massa coronal que gerou provavelmente não é direcionada à Terra, anotou Phillips.

As explosões solares de classe X, como a registrada neste domingo, são os tipos mais fortes de tempestades no sol. As erupções solares mais fracas são da classe A; as tempestades das classes B e C também são relativamente moderadas.

Tempestades mais poderosas da classe M e acima podem desencadear auroras mais intensas nos polos enquanto as tempestades mais fortes da classe X podem representar um risco para satélites e astronautas em órbita quando direcionadas diretamente para a Terra.

As erupções solares deste fim de semana da Páscoa ocorrem após uma tempestade solar de classe X1.3 em 30 de março e várias erupções de classe C e M de diferentes regiões de manchas solares nas últimas semanas.

O sol está atualmente em uma fase cada vez mais ativa de seu ciclo climático solar de 11 anos (o ciclo atual é conhecido como Ciclo Solar 25 e começou em 2019). A NASA, o SWPC e outros cientistas solares acompanham o tempo espacial do sol com uma série de espaçonaves como o Solar Dynamics Orbiter da NASA, o Observatório Solar e Heliosférico da NASA (SOHO), entre outros.

As explosões solares são liberações poderosas de energia no sol. As explosões e erupções solares podem afetar as comunicações de rádio, redes de energia elétrica, sinais de navegação e representar riscos para naves espaciais e astronautas, mas, para a população do Brasil não trazem maiores riscos por estar o país em latitudes médias e baixas.

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