O governador da região de Valência, no Leste da Espanha, admitiu nesta sexta-feira “erros” na gestão da inundação mais mortal do país em décadas, que matou 216 pessoas. “Não vou negar erros”, disse Carlos Mazón ao parlamento regional durante um discurso, acrescentando que “não vai fugir de nenhuma responsabilidade”.
Como chefe do governo regional, “gostaria de pedir desculpas” àqueles que “sentiram” que “a ajuda não chegou ou não foi suficiente”, acrescentou.
O desastre ocorrido em 29 de outubro marcou as inundações mais mortais do país em décadas. Um total de 224 pessoas morreram em todo o país, sendo 216 delas em Valência. Enquanto ele falava, dezenas de manifestantes se reuniram do lado de fora do parlamento regional, vaiando e entoando slogans que exigiam sua renúncia.
As enchentes destruíram infraestruturas, devastaram edifícios e inundaram campos. A conta final deverá chegar a dezenas de bilhões de euros. Quase metade das pessoas que morreram na região de Valência durante as recentes inundações tinham 70 anos ou mais, e 26 eram estrangeiros, incluindo dois britânicos.
A indignação com as autoridades pela percepção de má gestão antes e depois das inundações desencadeou protestos em massa no sábado, o maior deles na cidade de Valência, que reuniu 130 mil pessoas.
Críticos questionaram a eficiência do sistema de alerta da região de Valência durante as chuvas de outubro, quando, em alguns casos, as notificações só chegaram aos telefones dos moradores quando a água já estava inundando as cidades.
Muitos residentes locais também reclamaram que ficaram sem comida e água por dias e tiveram que depender da ajuda de voluntários, em vez do governo.
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