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Dezenas de excursionistas e monges budistas enterraram simbolicamente na segunda-feira o glaciar Yala, no Himalaia do Nepal, que está desaparecendo devido ao aquecimento global.

JITENDRA RAJ BAJRACHARYA/CIMOD/AFP/METSUL

Situado entre 5.170 e 5.750 metros acima do nível do mar no vale de Langtang (norte), o glaciar Yala perdeu dois terços de sua massa de gelo e recuou 784 metros desde 1974, segundo o Centro Internacional para o Desenvolvimento das Montanhas (Icimod).

Cientistas preveem que, no ritmo atual de aumento da temperatura global, o glaciar poderá desaparecer em 2040, tornando-se o primeiro do Himalaia a sofrer esse destino.

Estudo este glaciar quarenta anos e o vi derreter com meus próprios olhos”, declarou à AFP Sharad Prasad Joshi. “Temo que as futuras gerações não o vejam novamente”, lamentou.

Monges budistas presidiram, nesta segunda-feira, uma cerimônia em sua memória, com duas placas de granito.

Este monumento reconhece que estamos cientes do que está acontecendo e do que deve ser feito. você saberá o que fizemos”, diz o epitáfio gravado na pedra.

As palavras foram escritas pelo autor islandês Andri Snaer Magnason por ocasião do desaparecimento de um glaciar em seu país.

Os glaciares do Himalaia fornecem água potável para quase 2 bilhões de pessoas.

Segundo o último boletim mensal do observatório, abril de 2025 foi o segundo mês de abril mais quente registrado no planeta, ficando atrás apenas de abril de 2024.

Cientistas preveem que, nesse ritmo de aumento da temperatura média, muitos glaciares desaparecerão da superfície terrestre até o final do século.

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