As imagens de satélite de hoje mostravam dois furacões perto dos Estados Unidos, Franklin e Idalia. Idalia estava perto das Bermudas como um sistema de categoria 3 na escala Saffir-Simpson e Idalia avançava pelo Golfo do México como um furacão categoria 2 e ganhava força rapidamente.
Franklin foi rebaixado de furacão categoria 4 para 3 nesta teça. A tempestade estava produzindo ondas e correntes de retorno com risco de vida ao longo do litoral das Bermudas e da costa Leste dos Estados Unidos. Embora se espere que o olho da tempestade fique bem longe da terra, as Bermudas estavam sob alerta de tempestade tropical.
A tempestade enfraqueceu para categoria 3 nesta terça, mas espera-se que continue sendo um furacão durante o resto da semana. O governo das Bermudas alertou que o furacão Franklin provavelmente produziria chuvas fortes, ondas perigosas e correntes de retorno com risco aos banhistas nas praias.
Já Idalia avança pelo Golfo do México e passa por um processo de rápida intensificação, uma vez que se desloca sobre águas com temperatura muito altas e recordes para a região. O furacão vai atingir o Norte do estado da Flórida nesta quarta, numa região conhecida como Big Bend, e pode chegar à costa como uma tempestade intensa de categorias 3 ou 4, logo extremamente perigosa e capaz de gerar graves danos e uma grande maré de tempestade.
A temporada de furacões no Atlântico começou em 1º de junho e vai até 30 de novembro. No final de maio, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) previu que haveria entre 12 e 17 tempestades nomeadas este ano, um número “quase normal”, disseram os meteorologistas. Em 10 de agosto, a NOAA aumentou sua estimativa para 14 a 21 tempestades, acima da média.
Houve 14 tempestades nomeadas no ano passado, logo após duas temporadas extremamente movimentadas de furacões no Atlântico, nas quais os meteorologistas ficaram sem nomes e tiveram que recorrer às listas reservas.
O clima em 2023 apresenta padrão de El Niño, que começou em junho. O fenômeno climático pode ter efeitos abrangentes sobre o clima em todo o mundo e normalmente impede um número maior de furacões no Atlântico. Isso porque aumenta o cisalhamento do vento, o que desfavorece ciclones tropicais.
Ocorre que ao mesmo tempo, as elevadas temperaturas da superfície do mar neste ano representam uma série de ameaças, incluindo a capacidade de sobrecarregar tempestades. Quanto mais quente o mar, maior o risco de furacões e intensos. Essa confluência incomum de fatores, que favorecem e desfavorecem furacões no Atlântico Norte, tornou mais difícil fazer previsões de ciclones tropicais neste ano.