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“Vejo devastação total aqui em Marsh Harbour. Não existem, realmente, palavras para descrever o que vejo aqui. Não estava preparado para ver isso. É o inferno”. Palavras do do despacho do jornalista Marcus Moore, da rede de televisão norte-americana ABC.

Foi em Marsh Harbour que o olho do furacão monstro Dorian, categoria 5 (o máximo da escala Saffir-Simpson), ingressou nas ilhas Ábaco, nas Bahamas. Foi como se um tornado gigantesco tivesse passado pelo local de 16 mil habitantes, elevando a maré, o colapso de casas e prédios e virando carros virados como se fossem de brinquedo.

O vento, no momento em que Dorian ingressou nas Bahamas, superava com folga os 300 km/h. E as marcas fizeram história.Conforme o Centro Nacional de Furacões norte-americano, o vento sustentado (contínuo) chegou a 185 milhas por hora ou 297 km/h. Já as rajadas eram de 220 milhas por hora ou 354 km/h. No histórico de 1869 tempestades (ciclones tropicais) em 169 anos de dados do Atlântico Norte, somente quatro furacões tiveram vento igual ou superior ao de Dorian ontem nas Bahamas. Igualou-se a Gilber, Wilma e o furacão do Dia do Trabalho de 1935, e ficou atrás de Allen, de 1980.

Dorian seguirá castigando com violência as Bahamas hoje, mas o seu destino após ainda é incerto, o que fez com que varios estados norte-americanos costeiros decretassem estado de emergência.

A maioria dos modelos indicava que desviaria ou passaria rente ao litoral da Flórida, mas alguns modelos como o HWRF projetavam um impacto direto no estado norte-americano.  

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