Divulgação

Equipes do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade dos Alimentos Agroalimentares (Senasa) avaliaram durante o sábado os resultados do tratamento com fumigação feito por um avião realizado pela província de Corrientes, confirmando a diminuição da população de gafanhotos na área tratada.

Com a fumigação, reduziu-se a nuvem em cerca de 15%. Ela tinha ainda quase 10 quilômetros quadrados em Curuzú Cuatiá. “Para você ter uma ideia, imagine uma nuvem de 60 quarteirões”, disse um especialista do INTA, órgão agropecuário argentino.

Divulgação

A temperatura permitiu movimento da nuvem de gafanhotos a uma curta distância. A ameaça permaneceu na área de Rincón del Chañar, perto de Curuzú Cuatiá, na província argentina de Corrientes.

O deslocamento da nuvem foi monitorado ao longo do dia pela equipe de especialistas da Senasa. Hoje, se as condições do tempo estiverem adequadas, e devem estar, e com a colaboração da Sociedade Rural e do município de Curuzú Cuatiá, serão realizados tratamentos terrestres para continuar reduzindo a população de gafanhotos.

Divulgação

As condições do tempo nos próximos dias, segundo análise da MetSul, não devem permitir deslocamentos maiores dos gafanhotos que sobreviverem ao tratamento coordenado pelas autoridades argentinas. 

A previsão da MetSul é de chuva agora na primeira metade da semana na região e na sequência o ingresso de ar polar com baixa temperatura.

Segundo Ricardo Felicetti, chefe do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, a chuva é uma aliada contra a praga. 

“Quando há precipitação, eles diminuem muito a atividade e tendem a permanecer no solo. A própria biologia do inseto começa a ficar comprometida porque a zona de conforto dele é temperatura alta e tempo seco. Uma vez no solo, podem ser vítimas de predadores naturais, o que tende a diminuir a infestação”, disse.