A fumaça retornou ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, horas antes da chegada de uma frente fria, assim como havia antecipado a MetSul Meteorologia. Imagens do satélite GOES-16 do começo da tarde desta quinta mostrava o corredor de fumaça pelo interior da América do Sul recurvando na altura do estado gaúcho para Leste.
Como efeito da fumaça, o céu não está azul como ontem e os dias anteriores. Há nuvens em vários pontos, mas observa-se o tom mais fosco e branco no aspecto do céu nos locais em que não há presença de nebulosidade.
O corredor de fumaça é trazido para o Sul por uma corrente de jato em baixos níveis, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, que se origina no Sul da Amazônia e desce até o território gaúcho.
É justamente esse corredor de vento quente e seco que transporta a fumaça para o Sul juntamente com o ar tropical que eleva a temperatura. Horas antes da chegada de uma frente fria, como é o caso desta quinta, costuma atuar uma corrente de jato em baixos níveis. Como há muita fumaça no continente, o JBN traz o material particulado na atmosfera para o território gaúcho.
No momento, a fumaça está em camadas mais altas da atmosfera e não perto da superfície. Por isso, estações de monitoramento da qualidade do ar com dados em tempo real da Grande Porto Alegre indicavam qualidade boa na área metropolitana no começo desta tarde.
Com o passar das horas e a maior proximidade da frente fria, a tendência é que a qualidade do ar piore, atingindo níveis moderados e talvez ruins brevemente antes da chuva, mas não se antecipa cenário como o da última semana de qualidade do ar ruim a muito ruim por longo período.
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