A pluma de fumaça originada nos devastadores incêndios na Austrália, que cruzou mais de 12 mil quilômetros no Oceano Pacífico até alcançar a América do Sul, tal como era previsto pela MetSul, ingressou ontem no Rio Grande do Sul.

A influência da pluma foi maior em cidades do Oeste, Noroeste e o Sul do Estado, onde o céu ganhou tonalidade acinzentada e as cores do pôr do sol foram mais realçadas pelo espalhamento da luz por material particulado na atmosfera.

Livramento – Duda Pinto

Livramento – Duda Pinto

Uruguaiana – Luiz Alberto Barbará

A fumaça chegou ao território gaúcho em altitudes de 5 a 6 mil metros, logo não trouxe qualquer problema de visibilidade em superfície ou piora da qualidade do ar, como se antecipava. Seus efeitos se limitaram à mudança da tonalidade do céu. Apesar de não causar nenhum problema, o evento é relevante porque está a se tratar de fumaça que cruzou quase a metade do planeta até chegar ao Sul do Brasil.

O aspecto acinzentado do céu com pôr do sol mais avermelhado, apesar da ausência de nuvens, foi observado também ao longo da terça em Buenos Aires e no Uruguai.

Punta Del Este – Marcelo Umpierrez

Hoje, a fumaça estará mais dispersa e com muito menor densidade, o que vai fazer com que seja pouco perceptível na maior parte do Rio Grande do Sul ao longo do dia. Como há enorme quantidade de fumaça avançando pelo Pacífico, efeito dos piores incêndios que se deram no início do ano, é possível que mais fumaça da Austrália alcance a América do Sul.