O clima típico de inverno no Centro do país favorece a redução da chuva em volume e freqüência nos estados do Centro-Oeste, logo a média climatológica de precipitação é baixa com tendência de volumes maiores no Sul da região.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, nos municípios situados ao Sul como Ponta Porã e Dourados o normal é acumular entre 80 mm e 100 mm no mês de junho. Enquanto que em cidades mais ao Norte e Noroeste do Estado como Corumbá, o mês é pouca chuva com média mensal de precipitação de apenas 17,3 mm.
Desde o começo de junho até agora, segundo dados da rede automática do Instituto Nacional de Meteorologia, houve registro de chuva em pontos da Metade Sul de Mato Grosso do Sul. Em Amambaí já choveu 46 mm o que corresponde a 60% da média histórica do mês de junho. Em Itaquiraí choveu 34 mm o que significa 45% do normal para o mês. Em Coxim, São Gabriel do Oeste e Costa Rica, porém, ainda não houve registro de chuva expressiva.
Modelos indicam a chegada de uma frente fria ao Brasil nesta quarta-feira que deverá avançar rapidamente por parte do território brasileiro e chegar ao Mato Grosso do Sul entre a quinta e a sexta-feira.
O sistema irá provocar pancadas de chuva até o sábado na região, especialmente em cidades da Metade Sul do Estado. Os volumes poderão ser altos para esta época do ano com expectativa de que em algumas cidades a quantidade total de chuva ao fim de junho ultrapasse a média histórica. Há ainda o risco de temporais com granizo e principalmente rajadas de vento forte na região.
Já nos municípios do Norte do Estado, a probabilidade de chuva é pequena, assim como, nos demais estados da região. Algum episódio eventual é possível na borda Oeste do Estado do Mato Grosso.
Em Goiás não há previsão de chuva nos próximos 10 dias, com alerta para o alto risco de queimadas.
O ar polar na retaguarda da frente fria será de trajetória continental e vai derrubar a temperatura em grande parte do Centro-Oeste, especialmente no Mato Grosso do Sul.