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O Alasca enfrenta um dos maiores desastres de sua história. Após a passagem de um ciclone extratropical poderoso que antes foi um tufão no Pacífico, o estado mais ao Norte dos Estados Unidos enfrentou graves inundações costeiras pela elevação de maré em metros com o vento de até 160 km/h.

Ciclone no Alasca

ALASKA NATIONAL GUARD

O governo norte-americano lançou uma operação de resgate aérea gigantes com helicópteros militares, aviões cargueiros e drones usados para alcançar comunidades isoladas, transportar feridos e distribuir mantimentos. Mais de cinco mil militares da Guarda Nacional, do Exército e da Força Aérea participam das ações.

Vastas áreas estão submersas, rios romperam barragens e aldeias inteiras foram engolidas pelas águas. O volume de chuva em algumas regiões ultrapassou o acumulado normal de dois meses em apenas três dias.

Na cidade de Bethel, no Sudoeste do estado, o rio Kuskokwim transbordou e transformou ruas em verdadeiros canais. Casas flutuam sobre as águas e o acesso por terra está completamente bloqueado. Em Nome, na costa do Mar de Bering, o mar avançou centenas de metros além da linha de costa, destruindo embarcações, calçadões e dezenas de residências.

O Departamento de Transportes do Alasca estima que centenas de quilômetros de rodovias e pontes foram destruídos. Linhas de energia e comunicação foram interrompidas, dificultando o contato com áreas rurais e povoados nativos. Em algumas regiões, a única maneira de chegar é por helicóptero.

O governador Mike Dunleavy afirmou que o estado vive uma situação de emergência total. “Estamos diante de uma tragédia sem precedentes. O terreno alagado e o frio intenso tornam o resgate um desafio quase impossível”, declarou.

A magnitude do desastre levou o Pentágono a mobilizar recursos de várias partes do país. A Força Aérea deslocou aviões cargueiros C-130 para transportar suprimentos e evacuar famílias inteiras. Helicópteros Black Hawk sobrevoam áreas inundadas, retirando pessoas presas em telhados e pequenas ilhas de terra que restaram acima da água.

A operação é coordenada a partir de Anchorage, onde um centro de comando reúne militares, agentes da FEMA e meteorologistas. Drones de longo alcance estão sendo usados para mapear áreas inacessíveis e identificar sobreviventes por sensores térmicos. Cada hora de voo é preciosa diante do frio crescente e da ameaça de novas chuvas.

Meteorologistas descrevem o sistema que atingiu o Alasca como um “monstro atmosférico”. O ciclone extratropical resultou do encontro de ar úmido tropical vindo do Pacífico com uma massa de ar polar extremamente fria. Essa combinação explosiva gerou ventos destrutivos e precipitação excepcionalmente intensa.

O Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos informou que o fenômeno pode ser o mais intenso a atingir o Alasca desde que há registros. Em algumas áreas costeiras, as ondas e a maré de tempestade superaram em mais de um metro o recorde anterior, estabelecido há 50 anos.

Além da destruição material, o impacto humano é devastador. Centenas de famílias estão desalojadas, e milhares permanecem sem eletricidade. Hospitais locais operam no limite, e escolas se transformaram em abrigos de emergência. A Cruz Vermelha americana enviou equipes de apoio psicológico para atender pessoas que perderam tudo.

Os efeitos ambientais também preocupam. Grandes volumes de combustível e produtos químicos foram arrastados por rios e estuários, ameaçando ecossistemas frágeis. Pescadores relatam toneladas de peixes mortos boiando nas águas turvas.

A situação é agravada pelo frio intenso e pela chegada precoce de massas de ar polar. Meteorologistas alertam que as temperaturas devem cair abaixo de zero nos próximos dias, o que pode congelar rapidamente as áreas alagadas e dificultar ainda mais os trabalhos de busca.

O presidente dos Estados Unidos declarou estado de calamidade federal e prometeu “todo o apoio necessário” ao Alasca. Equipes da Guarda Costeira também participam da operação, monitorando o avanço das águas e auxiliando na logística aérea.

Ciclone no Alasca

ALASKA NATIONAL GUARD

Ciclone no Alasca

ALASKA NATIONAL GUARD

Ciclone no Alasca

ALASKA NATIONAL GUARD

Ciclone no Alasca

ALASKA NATIONAL GUARD

Especialistas em desastres afirmam que a resposta montada no Alasca é comparável à operação de resgate após o furacão Katrina, mas em condições muito mais extremas. A diferença é que agora a ajuda depende quase exclusivamente do transporte aéreo, já que estradas e portos foram destruídos.

Para muitos moradores, o cenário é de incredulidade. “Nunca vi nada assim. O rio levou minha casa em minutos. Só deu tempo de correr para o telhado e esperar o helicóptero”, contou um morador de Napakiak, uma das comunidades mais atingidas.

A tragédia reacende o debate sobre o impacto do aquecimento global nas regiões polares. O derretimento acelerado do gelo do Ártico tem alterado os padrões de circulação atmosférica, favorecendo tempestades mais intensas. Meteorologistas acreditam que eventos como este podem se tornar mais frequentes nas próximas décadas.

Enquanto as operações continuam, o Alasca tenta compreender a magnitude da catástrofe. Helicópteros sobrevoam diariamente vastas áreas alagadas, e cada novo pouso revela mais destruição. A reconstrução levará anos, e o custo humano e ambiental ainda é impossível de calcular.

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