Os estudos acerca da influência do clima no novo coronavírus ainda são inconclusivos. Já existem trabalhos afirmando que temperatura mais alta e maior umidade reduzem a disseminação do vírus, mas não é consenso entre os cientistas. A Organização Mundial da Saúde foi enfática em afirmar que não se deve contar com o clima mais quente em algumas regiões para evitar cenários mais graves.
O que está provado e nós gaúchos vemos todos os anos é que o clima interfere em doenças respiratórias que lotam postos de saúde e hospitais. Em um ano absolutamente atípico, em que o governo prevê um colapso do sistema de saúde já em abril, quanto menos doenças respiratórias que levem pessoas aos SUS e à rede privada é melhor.
Por isso, a despeito de muita gente torcer por frio, 2020 é ano para torcer contra. Os dados indicam que para o trimestre de abril a junho, quando o Ministério da Saúde espera o pico da curva de casos do coronavírus, a tendência é de temperatura acima da média em grande parte do Centro-Sul do Brasil.
O mapa (atualizado diariamente para o assinante na seção de mapas) mostra a anomalia de temperatura prevista para o trimestre abril a junho pelo modelo norte-americano CFS.
Significa que não fará frio?
Não! Haverá dias frios e alguns gelados, mas os episódios de frio serão mais pontuais. É um cenário positivo para menor ocorrência de doenças respiratórias, mas crucial reiterar: não contemos com o clima no caso do coronavírus.
E, lembre-se, a vacinação contra a gripe está começando e se informe na secretaria da saúde do seu município ou em uma clínica privada.