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Os principais gases do efeito estufa, que provocam as mudanças climáticas, registraram recorde de concentração no ano passado, anunciou ontem a Organização Meteorológica Mundial. A agência da ONU advertiu que “não há indícios de desaceleração visíveis”.

De acordo com a OMM, o dióxido de carbono (CO2), que está associado às atividades humanas e que é o principal gás do efeito estufa, bateu novo recorde de concentração em 2018, de 407,8 partes por milhão (ppm), ou 147% a mais que o nível pré-industrial de 1750.

A última vez que a Terra registrou concentração de CO2 comparável foi 3 a 5 milhões de anos atrás. Na época, a temperatura era 2 a 3°C mais alta e o nível do mar estava entre 10 e 20 metros superior ao atual.


Dado preocupante é que o aumento anual da concentração de CO2, que persiste por séculos na atmosfera e ainda mais tempo nos oceanos, foi superior à taxa de crescimento dos últimos dez anos.

As concentrações de metano (CH4), que aparece em segundo lugar entre os gases estufa, e de óxido nitroso (N2O),também aumentaram mais que a média anual da última década. O metano, cujas emissões são geradas em 60% pela atividade humana (gado, agricultura, exploração de combustíveis fósseis e aterros sanitários), e o óxido nitroso, com 40% das emissões de origem humana (fertilizantes e processos industriais), igual alcançaram níveis recordes na era moderna de observação.  

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