O nível do Guaíba está com em curva de baixa no começo desta sexta-feira, mantendo a tendência iniciada ontem depois de a cheia atual ter atingido o seu primeiro pico na quarta-feira em Porto Alegre.

METSUL
Dados de estações de monitoramento analisados pela MetSul mostram redução do nível em todos os pontos de medição do Centro Histórico à zona Norte da capital gaúcha no começo desta sexta.
A estação de monitoramento do Cais Navegantes, nas proximidades da ponte nova, e que é muito importante no controle porque capta melhor a vazão que está chegando do Rio Jacuí, indicava no final da madrugada 3,06 metros, após ter atingido um pico de 3,26 metros na quarta.
É uma clara indicação de menor quantidade de água do Jacuí que alcança a área da capital, o que é corroborado por medições do Jacuí nas áreas de Cachoeira do Sul, Vale do Rio Pardo e Região Carbonífera que mostram o rio em baixa entre o Centro gaúcho e o delta na Grande Porto Alegre.
Já no Cais C6, na altura da Estação Rodoviária, onde o nível chegou a 3,01 metros na manhã da quarta, a régua de medição indicava no final da madrugada de hoje 2,83 metros com tendência de baixa.
Por sua vez, no portão central do Cais Mauá (acesse aqui os dados), no Centro Histórico, a régua que chegou a indicar um pico provisório de 2,95 metros na manhã de quarta-feira, no final da madrugada desta sexta-feira apontava 2,80 metros.
A previsão para as próximas horas é de manutenção do gradual declínio, o que deve se manter em grade parte do fim de semana pela menor vazão do Jacuí chegando e vento favorável ao escoamento das águas para a Lagoa dos Patos.
Mas a atual cheia está longe do fim e haverá um repique preocupante. Efeito da chuva que cairá neste fim de semana em todas as bacias que alimentam o Guaíba e em especial nas nascentes do Jacuí e com altos volumes em grande parte das bacias do Taquari, Caí e Sinos.
Assim, haverá uma nova onda de vazão na semana que vem que alcançará a área de Porto Alegre e tende a elevar o Guaíba de forma rápida e acentuada o nível que já estará alto no momento do início da segunda curva de elevação.
Repetimos que não haverá uma repetição dos níveis observados na enchente de 2024. No pior cenário, alcançará marcas próximas ou pouco acima dos picos de cheia das enchentes do segundo semestre de 2023.
A MetSul Meteorologia está nos canais do WhatsApp. Inscreva-se aqui para ter acesso ao canal no aplicativo de mensagens e receber as previsões, alertas e informações sobre o que de mais importante ocorre no tempo e clima do Brasil e no mundo, com dados e informações exclusivos do nosso time de meteorologistas.