O nível do Guaíba, como era previsto pela MetSul Meteorologia, subiu com as fortes chuvas ocorridas em Porto Alegre e em pontos mais ao Sul da macrobacia dos rios contribuintes que desaguam no delta do Jacuí, junto à capital gaúcha.
Medição da tarde desta quinta-feira da régua da Tidesat, junto ao Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, indicava o Guaíba com 1,40 metro. Antes da chuva, o nível chegou a ficar pouco abaixo de 1 metro, que é a cota média histórica desta época do ano.
A cota atual, porém, está muito abaixo do valor de transbordamento no Cais Mauá que é de 3 metros. Além disso, está quase quatro metros abaixo do pico da cheia de maio deste ano, que foi oficialmente de 5,12 metros no Cais Central.
Para que houvesse um perigo de grande enchente teria que ter chovido muito junto às bacias dos rios contribuintes do Centro para o Norte do estado. Choveu com 50 mm a 100 mm na parte intermediária da bacia do Jacuí, mas pouco na nascente no Norte do estado.
As nascentes dos rios Caí e Taquari, no Nordeste do estado, e cujas águas desaguam no Guaíba também tiveram pouca chuva com marcas até o momento de apenas 5 mm a 30 mm. Choveu com volumes mais alto nas bacias do Sinos e Gravataí, mas são rios de menor contribuição.
Assim, existe margem ainda para o Guaíba subir mais com a chegada da vazão, mas um cenário de atingir cotas críticas de transbordamento na parte não insular (fora das ilhas) está completamente fora de cogitação com o que choveu até agora.
Como as ilhas registram os primeiros alagamentos a partir de cotas ao redor de dois metros no Cais Mauá, somente as ilhas exigem atenção, e mesmo assim o risco não é alto de uma cheia grande considerando o que já choveu até o momento nas bacias dos rios contribuintes.
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