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O cometa interestelar 3I/ATLAS fará nesta sexta-feira (19) a maior aproximação da Terra desde sua descoberta, oferecendo rara oportunidade de observação para astrônomos profissionais e amadores.

Cometa 3I/ATLAS

INTERNATIONAL GEMINI OBSERVATORY

De acordo com informações publicada pela NASA, o corpo celeste poderá ser visto com telescópios baseados no solo, num momento importante para o estudo de objetos vindos de fora do Sistema Solar, mas não será visível a olho nu.

O cometa foi identificado pela primeira vez em 1º de julho de 2025, pelo telescópio ATLAS, em Rio Hurtado, no Chile, quando estava a cerca de 365 milhões de quilômetros da Terra.

Desde então, astrônomos vêm acompanhando sua trajetória e propriedades físicas, confirmando que se trata de objeto interestelar por causa da velocidade extremamente elevada e da rota que segue pelo espaço. Ele é apenas o terceiro objeto já registrado chegando ao Sistema Solar vindo de fora, o que aumenta o interesse mundial sobre seu comportamento.

O 3I/ATLAS tem sido fotografado e analisado por equipamentos de ponta. O Telescópio Espacial Hubble registrou imagens detalhadas desde sua detecção, revelando a estrutura e o brilho do cometa.

Outro registro marcante veio do observatório Gemini South, no Chile, que capturou a passagem do astro por um campo estelar denso, criando trilhas luminosas no fundo da imagem devido ao movimento relativo das estrelas.

As medições indicam que o cometa viaja a cerca de 209 mil quilômetros por hora, tornando-se o objeto mais rápido já observado circulando pelo Sistema Solar. No último avistamento, em 30 de novembro, ele estava a 286 milhões de quilômetros da Terra.

A expectativa é de que, nesta sexta-feira, o cometa se aproxime a cerca de 269 milhões de quilômetros, distância considerada segura, sem qualquer risco de colisão com a Terra.

Com a aproximação, cientistas esperam captar dados ainda mais precisos sobre seu núcleo e sua composição química. “Quando 3I/ATLAS estiver mais próximo da Terra, todos os recursos que procuramos serão mais fáceis de detectar”, explicou Darryl Z. Seligman, professor da Universidade Estadual de Michigan.

Após, o cometa seguirá rumo ao Sistema Solar exterior. Ele deve cruzar a órbita de Júpiter na primavera de 2026 antes de desaparecer no espaço profundo. Para a ciência, o evento representa uma chance única pela raridade do evento de estudar um objeto vindo de outra estrela e ampliar o conhecimento sobre como o Universo transporta matéria entre sistemas planetários.

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