O verão marca o auge da temporada de mosquitos, mas em pleno junho e com o inverno climático (junho a agosto) em andamento eles seguem em nossas residências e em alto número em muitos locais. São tantos que mais parece janeiro ou fevereiro, conforme os relatos nas redes sociais.


Fotografia: Ivo Gonçalves/PMPA

E isso tem direta conexão com o clima. O outono climático, de março a maio, foi o mais quente desde 2002 em Porto Alegre. Foi o maio mais quente na Capital desde 1991. Abril e maio na cidade foram os mais chuvosos desde 1984.

E tudo que mosquito gosta é água e temperatura mais elevada. As condições climáticas de mais chuva e temperatura acima da média com frio escasso do outono, assim, explicam a grande quantidade de mosquitos em pleno junho.

Mais mosquitos, maior preocupação com a dengue. O último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre apontou 354 casos autóctones (contraídos na própria cidade). Em 2018, no mesmo período, não houve nenhum caso desta natureza.

Esse período atual de calor e que ocorre na sequência de um muito chuvoso no final de maio e no começo de junho só prolonga a condição favorável à proliferação e reforça ainda mais a necessidade de se estar atento às recomendações das autoridades de saúde pública quanto à prevenção da dengue e outras enfermidades.