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Um ciclone extratropical intenso pode ser visto desde ontem na costa da Argentina. O sistema não representa nenhuma ameaça para o Brasil e se formou junto à costa da província de Buenos Aires, originando uma frente fria que avançou pelos estados do Sul com chuva forte e tempestades.

NOAA

A imagem de satélite da manhã desta quinta-feira mostrava a espiral de nuvens deste ciclone atuando sobre o Atlântico Sul a Leste da Argentina, nas latitudes do Norte da Patagônia. O sistema moveu-se, assim, para o Sul, uma vez que ontem estava na costa da província argentina de Buenos Aires.

De acordo com a análise do modelo europeu, a pressão mínima central no ciclone às 21h de ontem era de 986 hPa. A tendência é de intensificação do sistema hoje à medida que se move para o Sul. No final desta quinta-feira, a projeção do modelo é que o sistema esteja com pressão central de 975 hPa.

Com o seu movimento para o Sul, a tendência é que o ciclone se distancie cada vez mais do continente. O seu destino é o extremo Sul do Atlântico, perto da Antártida, de forma que não representará nenhuma ameaça para áreas continentais.

A frente fria associada ao ciclone, por outro lado, estende-se por milhares de quilômetros e traz chuva nesta quinta-feira para parte do Paraná, especialmente mais a Leste do estado, e diversos pontos do Sudeste do Brasil, como em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

METSUL

Com o distanciamento do ciclone, o sistema vai deixar de impulsionar ar mais seco e frio para o Sul do Brasil. Com isso, a umidade retorna com instabilidade nesta sexta-feira para os três estados do Sul com chuva e temporais isolados.

Por isso, a previsão da MetSul Meteorologia é que o tempo volte a se instabilizar nesta sexta-feira principalmente na Metade Norte gaúcha, Santa Catarina e o Paraná. Haverá chuva ampla nestas áreas e com pancadas fortes e acompanhadas de raios em diferentes pontos. Não se pode afastar a possibilidade de queda de granizo.