A MetSul Meteorologia alerta para um período de forte instabilidade atmosférica neste período de virada da estação que trará chuva volumosa em diferentes pontos do Sul do Brasil entre os últimos dias do inverno e o começo da primavera, que tem início no dia 22.
O tempo já começa a mudar nesta quinta-feira com áreas de instabilidade que podem trazer chuva em alguns poucos pontos do Oeste e da fronteira com o Uruguai, contudo a maior parte do Rio Grande do Sul ainda segue com tempo firme.
Na sexta-feira, a instabilidade aumenta e ocorre chuva localizada entre a madrugada e de manhã em várias regiões gaúchas, especialmente no Oeste, Centro e o Sul. Da tarde para a noite, a precipitação segue isolada e pode afetar outras regiões.
No sábado, feriado farroupilha no Rio Grande do Sul, chove e localmente forte já no início do dia em setores do Oeste e do Noroeste do estado. Entre a tarde e a noite, a chuva avança e alcança a maior parte do território gaúcho. Chove ainda de forma isolada em Santa Catarina.
O pico de intensidade da instabilidade no Sul do Brasil vai ter início a partir do domingo, quando se espera que uma frente fria comece a se organizar com chuva mais ampla e forte a intensa em vários pontos.
Na madrugada e manhã do domingo, a frente traz chuva – que será forte em diversos municípios – na maioria das regiões gaúchas. No decorrer do dia, o tempo segue chuvoso e com pancadas fortes no Rio Grande do Sul, mas a instabilidade avança para Santa Catarina e o Paraná, onde igualmente chove na grande maioria das localidades e com períodos de precipitação localmente forte a intensa.
Na segunda-feira, com uma área de baixa pressão reforçando a frente fria, chove muito em Santa Catarina e no Paraná. No Rio Grande do Sul, a instabilidade se concentra na Metade Norte com chuva ainda forte entre a madrugada e de manhã. Da tarde para a noite, o tempo começa a melhorar na maior parte das regiões gaúchas e até o fim do dia uma área significativa do Sul do Brasil já estará sem chuva.
Na terça-feira, com o avanço de uma massa de ar seco e frio de alta pressão atmosférica, a tendência, conforme análise dos dados pela MetSul Meteorologia, é de tempo melhor com a presença do sol nos três estados da Região Sul com queda de temperatura pela influência do ar frio.
Veja as projeções de volumes de chuva
Há um consenso entre os modelos numéricos de previsão utilizados pela MetSul de que os volumes de chuva devem ser altos em diversos pontos da Região Sul entre o final desta semana e o começo da próxima com a instabilidade mais forte ocorrendo entre o domingo e a segunda-feira, quando os acumulados tendem a ser mais altos.
De acordo com os modelos numéricos gerados por computadores, pontos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná podem registrar neste períodos de instabilidade entre o final desta semana e o começo da próxima acumulados superiores a 100 mm. De forma mais localizada, há risco de precipitação variando entre 150 mm e 200 mm em poucos dias.
Mapa com a projeção de chuva para sete dias do modelo europeu para o Sul do Brasil | METSUL
Mapa com a projeção de chuva para sete dias do modelo alemão para o Sul do Brasil | METSUL
Mapa com a projeção de chuva para sete dias do modelo canadense para o Sul do Brasil | METSUL
Mapa com a projeção de chuva para sete dias do modelo britânico para o Sul do Brasil | METSUL
Há um relativo acordo entre os dados que os maiores volume de chuva se dariam neste evento de instabilidade sobre a Metade Norte gaúcha e distintos pontos de Santa Catarina. No Paraná, haveria uma maior variabilidade nos acumulados de precipitação com a maioria dos modelos indicando os mais altos volumes do Centro para o Oeste e o Sul paranaense.
Os mapas acima de chuva dos modelos europeu, alemão, canadense e britânico podem ser consultados juntamente com outros a qualquer hora na seção de mapas do nosso site, bastando clicar aqui para assinas e ter acesso.
Chuva pode provocar cheias?
Considerando que os volumes de chuva podem ficar entre 100 mm e 200 mm em poucos dias em algumas áreas, inevitavelmente os níveis de vários rios devem subir, sobretudo os com nascentes e que cortam a Metade Norte do Rio Grande do Sul. No entanto, o cenário não nos parece favorável ao risco de cheias de maior dimensão.
Um dos principais riscos será a ocorrência de alagamentos em áreas urbanas e rurais por períodos de precipitação muito forte com elevados volumes em curto intervalo, o que a macrodrenagem urbana e o solo têm dificuldade em absorver.
Como consequência da chuva, há um risco ainda geológico médio a alto que pode levar a alguns deslizamentos de encostas e quedas de barreiras em rodovias, especialmente em áreas de relevo da Metade Norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
A MetSul Meteorologia está nos canais do WhatsApp. Inscreva-se aqui para ter acesso ao canal no aplicativo de mensagens e receber as previsões, alertas e informações sobre o que de mais importante ocorre no tempo e clima do Brasil e no mundo, com dados e informações exclusivos do nosso time de meteorologistas.