Forte chuva atingiu Porto Alegre entre 16h e 17h de hoje e veio acompanhada de raios e trovões. O céu escureceu na capital gaúcha e anoiteceu mais cedo com a iluminação pública acesa às quatro da tarde. Nuvens carregadas se formaram a Oeste da cidade e migraram para a capital à medida que aberturas eram registradas no Noroeste e no Oeste com ingresso de ar quente, o que intensificou a frente quente no Sul e no Leste gaúcho.
Julho está entre os meses mais chuvosos do ano no Rio Grande do Sul. No caso de Porto Alegre, a precipitação média histórica mensal é de 163,5 mm, a mais alta entre todos os meses do ano, seguida por outubro (153,2 mm), setembro (147,8 mm) e junho (130,4 mm). A precipitação média mensal de 163,5 mm corresponde à nova normal mensal climatológica com base na série 1991-2020. Na série de 1961-1990, julho era o quarto mês mais chuvoso em Porto Alegre com 121,7 mm, atrás de agosto com 140,0 mm, setembro com 139,5 mm e junho com 132,7 mm.
A chuva acumulada em Porto Alegre até o fim da tarde somou 30 mm na maior parte da cidade, mas no interior choveu mais. Os volumes de chuva somados até 18h atingiam 75 mm em Júlio de Castilhos, 69 mm em Ivorá, 56 mm em Arroio do Tigre e Cachoeira do Sul, 54 mm em Tupanciretã e Faxinal do Soturno, 54 mm em Santa Maria, 50 mm em Segredo, 49 mm em Rio Pardo e Victor Graeff, 47 mm em São Francisco de Assis e Caçapava do Sul e 41 mm em Serafina Correa.
A quinta-feira foi apenas o começo de um período de instabilidade que vai prosseguir até o fim de semana. Uma frente quente persiste nesta sexta-feira no Rio Grande do Sul e a instabilidade deverá ganhar força da tarde para a noite à medida que uma corrente de jato (vento) nos baixos níveis da atmosfera traz ar mais quente e intensifica a frente, aportando energia para a formação de nuvens mais carregadas.
Chove em todas as regiões do Estado ao longo desta sexta, mas a instabilidade será mais forte outra vez no Centro, Oeste, Sul e Leste do território gaúcho. Apesar da instabilidade, aberturas podem ocorrer em parte do dia nas Metades Oeste e Norte. Com a atmosfera mais aquecida, haverá raios e cresce o risco de granizo. A temperatura estará mais alta com maior aquecimento no Noroeste.
No sábado, a frente passa de quente para fria à medida que passa ser deslocada não mais por ar tropical e sim ar polar avançando de Sul. Por isso, todo o Rio Grande do Sul deve ter tempo instável no sábado com chuva que será moderada a forte em diferentes pontos e ainda com possibilidade de temporais localizados, desta vez com maior risco de vento forte isolado (vendavais).
Já no domingo, o dia começa com muitas nuvens e chance ainda de chuva e garoa nas Metades Norte e Leste do Rio Grande do Sul enquanto no Oeste o tempo estará firme e seco desde cedo. No decorrer do domingo, com o avanço de uma massa de ar seco e frio, o tempo abre na maior parte do território gaúcho com sol e nuvens. Com a massa de ar frio, a temperatura tem queda acentuada e o dia começa e termina com frio.