A MetSul Meteorologia desde o meio da semana vem alertando para chuva excessiva a extrema no Sul do Brasil e tem um aviso de enchentes válido para Santa Catarina e o Paraná. Os dados que ingressaram na madrugada deste sábado reforçaram ainda mais a preocupação com acumulados extremos de chuva no Sul do Brasil, em particular no estado do Paraná.
Com o que os modelos numéricos de previsão do tempo indicam, e há um consenso absoluto entre os dados que vai chover excessivamente, apenas com variações regionais e locais de volumes, é certo que haverá inundações e altíssima a probabilidade que rios saiam do leito com enchentes.
Os estados de alto risco neste episódio de chuva com volumes excessivos a extremos até meados da semana que vem são o catarinense e o paranaense, embora chova com altos volumes também no Noroeste e no Norte do Rio Grande do Sul, o que poderá causar cheia do Rio Uruguai.
Mas o risco é muito alto em Santa Catarina e crítico no Paraná, onde diversos rios e cursos d´água menores e médios podem transbordar. Destacam-se em Santa Catarina as bacias do Rio do Peixe e do Itajaí-Açu, e no Paraná a do Rio Iguaçu.
Uma frente fria se intensifica neste sábado no Norte do Rio Grande do Sul com chuva forte a intensa, em particular em cidades do Noroeste e do Norte do estado, e durante o dia a chuva forte atinge vários pontos de Santa Catarina e do Paraná. Os acumulados só de hoje podem ficar entre 100 mm e 200 mm em alguns municípios.
Dados de estação automáticas indicaram chuva nas últimas 24 horas até às 9h deste sábado no Rio Grande do Sul de 96 mm em Horizontina, 82 mm em Palmeira das Missões, 81 mm em Passo Fundo, 77 mm em Redentora, 68 mm em Vacaria, 59 mm em São Luiz Gonzaga e 58 mm em Santo Augusto.
Em Santa Catarina, no mesmo intervalo de 24 horas, choveu 176 mm em Dionísio Cerqueira, 117 mm em Lindóia do Sul, 106 mm em Joinville, 103 mm em Caçador, 97 mm em Xaxim e 84 mm em Água Doce, indicam os dados das estações de monitoramento.
No Paraná, por sua vez, estações meteorológicas registraram em 24 horas até às 9h da manhã deste sábado acumulados de 128 mm em Dois Vizinhos, 110 mm em Francisco Beltrão, 103 mm em Laranjeiras e 101 mm em Cantagalo.
Esta frente que traz muito chuva hoje vai estar sendo impulsionada por uma massa de ar frio de forte intensidade para esta época do ano que vai ingressar durante este fim de semana no Sul do Brasil com resfriamento e queda mais acentuada da temperatura no Rio Grande do Sul.
A frente deve passar à semi-estacionária e ainda com a atuação de um centro de baixa pressão neste fim de semana sobre Santa Catarina e o Paraná, gerando chuva forte e temporais isolados em diversas cidades dos dois estados. O período mais crítico de chuva na maioria dos municípios paranaenses e catarinenses será neste fim de semana.
Os mais recentes dados aumentaram ainda mais a chuva para o Paraná com acumulados extremos. Em alguns pontos do estado paranaense, os volumes em apenas três dias podem ficar entre 200% e 300% da média mensal, o que é excepcional.
Os mapas abaixo mostram as projeções de chuva em 72 horas até às 21h de segunda-feira a partir dos modelos de alta resolução WRF inicializados com os modelos norte-americano GFS e do Centro Meteorológico Europeu (ECMWF), ambos disponíveis ao nosso assinante (assine aqui) na seção de mapas.
METSUL
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A MetSul Meteorologia projeta volumes acima de 100 mm numa extensa área que vai do Norte do Rio Grande do Sul, passa por Santa Catarina e chega ao Paraná, mas devem ser esperadas marcas perto e acima de 200 mm em muitos municípios. Algumas áreas podem anotar em cinco dias acumulados tão altos quanto 250 mm a 300 mm com risco de marcas localizadas superiores de 300 mm a 400 mm, em particular no Paraná.
Chuva com acumulados tão extremos como se prevê traz, além do risco de inundações e enchentes, ainda riscos geológicos. Será muito alto a crítico o risco de deslizamentos de terra em áreas de encostas de morros. Devem ocorrer ainda quedas de barreiras que podem gerar bloqueios parciais ou totais de rodovias estaduais e federais. Em caso de inundação, evite cruzar de carro a água sob risco de acidentes fatais.
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