
Chuva muito isolada em Ijuí | CARLOS KIST
O Rio Grande do Sul seguirá com chuva escassa hoje e nos próximos dias sem qualquer registro de precipitação na maioria das cidades do estado, mas isso não significa que deixa de chover no território gaúcho. A chuva vem, mas de forma muito localizada e em poucos pontos, às vezes até com temporais isolados.
Foi o que se viu ontem em pontos entre o Norte do estado, os vales e a Serra com chuva isolada típica de verão em diferentes municípios. Isoladamente, a chuva de curta duração chegou a ser forte e em Soledade houve temporal localizado com rajadas de vento e queda de granizo com alguns danos na área rural.
No mesmo momento em que a chuva atingia cidades da Serra Gaúcha no final da tarde da quarta-feira o tempo estava completamente aberto em Porto Alegre com céu azul e sem nuvens na maior parte da cidade, o que evidencia o quão isoladas estas formações.
No que resta desta semana, a previsão da MetSul Meteorologia indica novas ocorrências de chuva localizada da tarde para a noite no Rio Grande do Sul, mas novamente se enfatiza que em baixo número de pontos. Estas pancadas passageiras e isoladas devem afetar principalmente pontos da Metade Norte gaúcha.
Uma massa de ar quente atua sobre o Nordeste da Argentina e traz calor especialmente na Metade Oeste gaúcha, onde as máximas têm alcançado entre 33ºC e 35ºC à tarde em diversas cidades, sobretudo da fronteira com a Argentina e no Noroeste.
Com a atmosfera aquecida, estas formações isoladas de instabilidade podem provocar alguns temporais isolados com queda de granizo e rajadas de vento forte, contudo apenas em pontos bastante localizados e na esmagadora maioria das cidades gaúchas não há qualquer risco de temporal.
Esses temporais bastante isolados são típicos do verão devido à atmosfera quente e se dão principalmente da tarde para a noite, quando se formam nuvens de grande desenvolvimento vertical pelo aquecimento diurno que gera movimentos convectivos (ar ascendente) na atmosfera.
A convecção forma nuvens do tipo Torre Cumulus (TCu) e Cumulonimbus (Cb) que causam os temporais localizados e não raro muitíssimo isolados. Estas nuvens, que podem atingir até 10 quilômetros de altura ou mais, se formam a partir do aquecimento e, por isso, as tempestades ocorrem mais na segunda metade do dia.
Localmente, alguns destes temporais podem ser fortes a severos mesmo com risco de danos. Quanto mais quente e atmosfera e menor a pressão atmosférica, maior é o potencial para haja a formação de nuvens muito carregadas e mais alta a probabilidade de temporais localizados de maior severidade.
O ar quente e a umidade são os combustíveis para tempo severo e dias de calor mais intenso apresentam maior probabilidade de tempestades se a atmosfera não estiver muito seca.
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