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Igor Müller

Choveu em quase todo o Rio Grande do Sul entre terça-feira e ontem, mas, tal como era antecipado pela MetSul Meteorologia, a chuva foi muito irregular e dispare nos volumes registrados.

Pontos do Oeste e do Noroeste tiveram acumulados perto ou acima de 50 mm, casos dos municípios de Uruguaiana, Quaraí, Itaqui e Iraí, contudo na esmagadora maioria das localidades do Estado os volumes não passaram de 20 mm.

Com isso, não se produziu alteração no quadro de estiagem no Rio Grande do Sul. Vai continuar e a tendência é se agravar. Por quê? Os modelos numéricos analisados pela MetSul estão a apontar para os próximos 15 dias chuva sem volumes elevados em quase todo o Estado. E as simulações computadorizadas para o mês de abril igualmente não indicam cenário muito favorável de precipitação.

Assim, cidades que já enfrentam escassez de água vão seguir racionando e outras podem entrar na lista. Como destacado ontem aqui, deve ser lenta e demorada a recuperação do déficit hídrico acumulado nos últimos quatro meses e que varia entre 200 mm e 300 mm na maior parte do território gaúcho com índices de até 350 mm a 400 mm em alguns municípios.


Para que isso se reverta é necessário um mês excepcionalmente chuvoso, muito fora da curva, ou dois ou três meses seguidos de chuva acima da média, o que não se enxerga no horizonte pelos modelos climáticos.      

 

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