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A forte chuva que atinge o Litoral Norte do Rio Grande do Sul provoca transtornos e deixa comunidades isoladas em Maquiné. O município registrou nas até o fim da tarde desta quarta-feira o maior volume de precipitação da região com 182 mm, conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

PREFEITURA DE MAQUINÉ

A Prefeitura de Maquiné anunciou a suspensão das aulas e do transporte escolar por precaução. O prefeito Luciano Alves informou que algumas localidades rurais estão isoladas devido ao bloqueio de estradas por alagamentos.

“Choveu principalmente nas áreas próximas a encostas, como nas linhas Encantada, Solidão e Mundo Novo, e parte do Cerrito. Há pontos ilhados. Não foi chuva para entrar nas casas, mas suficiente para trancar comunidades”, afirmou o prefeito em entrevista ao portal Litoral na Rede.

A Defesa Civil municipal confirmou que estão completamente ilhadas as comunidades de Linha Sanga-Seca, Linha Pedra de Amolar, Linha Encantada, Linha Forqueta, Linha Garapiá, Rio Ligeiro, Rio do Ouro, Linha Solidão, Linha Cachoeira e Linha Vacaria. O órgão orienta os moradores a evitarem deslocamentos desnecessários até a normalização do nível da água.

Outros municípios do Litoral Norte também registraram volumes elevados de chuva. Em Três Forquilhas, o acumulado foi de 157 mm. Terra de Areia registrou até o fim da tarde 119 mm. Em Morrinhos do Sul, caíram no mesmo período 97 mm. Em Caraá, volume de 86 mm.

A instabilidade perde força a partir de agora na região, mas o tempo não firma. No final desta quarta e durante a quinta-feira ainda podem ocorrer períodos de chuva isolada e passageira na região, mas com volumes significativamente menores.

Uma vez que o solo está saturado de umidade com precipitação na encosta da Serra no litoral de 100 mm a 200 mm, e como se prevê a manutenção da instabilidade, há risco de deslizamento de terra em alguns pontos.

A MetSul havia alertado para o risco de chuva volumosa na região e que tem duas causas para ter sido excessiva na encosta da Serra do Litoral Norte. Inicialmente, um centro de baixa pressão que se deslocou do Paraguai para o Sul do Brasil com chuva. Na sequência, o fluxo de umidade do mar trazido por vento Leste que encontrou a barreira do relevo da Serra, gerando chuva de natureza orográfica.

A chuva orográfica é a precipitação induzida pelo relevo. Umidade que vem do oceano, trazida por vento, ao encontrar a barreira do relevo da Serra do Mar, ascende na atmosfera e encontra temperatura mais baixa à medida que ascende na atmosfera com camadas mais frias. Isso leva à condensação e à ocorrência de chuva induzida pelo relevo, não raro com volumes muito altos.

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