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O episódio de calor excessivo deste fim de ano em São Paulo já era impressionante e se tornou ainda mais excepcional neste domingo com um novo recorde de temperatura máxima para o mês de dezembro em sequência assombrosa de dias escaldantes.

Calor em São Paulo

Calor em São Paulo superlota as piscinas de clubes sociais | FOTORUA/NURPHOTO/AFP/METSUL

A temperatura máxima observada neste domingo (28) na cidade de São Paulo chegou a impressionantes 37,2ºC na estação meteorológica do Mirante de Santana, instalada na zona Norte da cidade e pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia.

É a quarta vez desde o dia 25 que o recorde de temperatura máxima de dezembro da cidade de São Paulo é quebrado. Trata-se de um fato assombroso do ponto de vista estatístico. O estabelecimento de um novo recorde mensal em uma série de décadas já é fato por demais notável, mas por quatro vezes em cinco dias é uma enorme anomalia e um fato espantoso.

A cidade de São Paulo enfrenta uma sequência extremamente atípica e histórica de dias de calor excessivo neste fim de ano. A estação do Instituto Nacional de Meteorologia no Mirante de Santana (zona Norte), usada como referência para a climatologia da capital paulista, registrou máximas de 33,7ºC no domingo (21); 33,9ºC na segunda (22); 34,1ºC na terça (23); 34,6ºC na quarta (24); 35,9ºC na quinta (25); 36,2ºC na sexta (26); 35,5ºC no sábado (27); e 37,2ºC neste domingo (28).

É algo tão fora da curva que a máxima deste domingo ficou a apenas 0,6ºC do recorde absoluto de máxima da cidade de São Paulo desde o começo das medições em 1943 que é de 37,8°C, do dia 17 de outubro de 2014.

Antes desta sequência absurda de dias de calor para esta época do ano, o recorde de toda a série histórica para dezembro era de 35,6ºC, em 3 de dezembro de 1998. Ou seja, este episódio de calor extremo não supera o recorde prévio a 2025 por décimos, mas por 1,6ºC.

O que ocorre em São Paulo neste fim de 2025 é muitíssimo fora do normal. Normalmente, esta época do ano é chuvosa no Sudeste, marcando o auge da temporada de chuvas anual. Justamente por ser o auge da temporada chuvosa anual, com chuva frequente e quase que diária, não costumam ocorrer extremos de calor, que costumam se dar anualmente no fim do inverno e no início da primavera, reta final da temporada seca anual e que habitualmente concentra os dias mais quentes do ano no Centro do país.

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