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Sandro Muller

Estamos atualmente vivendo uma situação meteorológica excepcional no Rio Grande do Sul e no Sul do Brasil. Essa é uma época do ano em que já deveria estar fazendo frio e em anos anteriores até nevou no mês de abril. Em 2018, ao contrário, o que se observa é temperatura muito acima da média com um altíssimo número de dias de calor. Esse abril se encaminha para ser o mais quente ou um dos mais quentes da história no Rio Grande do Sul, condição favorecida por um persistente bloqueio atmosférico que resiste e não dá sinais de ceder.

Até quando?

A principal ferramenta de previsão do tempo são os modelos numéricos. Todos hoje estão coincidindo em indicar que ao menos até o começo da semana o Estado terá dias quentes com sol, nuvens e apenas chuva muito isolada, mais concentrada na Metade Sul. A partir de terça-feira há uma grande incerteza de prognóstico porque os modelos passam a trazer cenários radicalmente distintos.

Os modelos canadense e europeu indicam que o bloqueio permaneceria trazendo dias quentes e predomínio do tempo seco para a maioria das áreas do Estado até, pelo menos, o dia 5 de maio. O modelo americano GFS, por sua vez, está apontando um aumento significativo da chuva no Rio Grande do Sul na semana que vem com acumulados muito altos em diversas regiões, ou seja, rompe o bloqueio no caso do território gaúcho e desloca a área de transição entre ar mais frio do Sul e quente de Norte hoje na Argentina para cima do Estado.


Veja nos mapas abaixo a radical diferença entre as projeções de chuva acumulada de dez dias dos modelos americano e canadense e atente como o GFS sinaliza muita chuva e o canadense aponta precipitações escassas no Sul do Brasil.

A rodada da tarde desta quinta-feira do modelo europeu chegou a indicar zero de chuva para Porto Alegre nos próximos dez dias e com máximas de 35ºC a 37ºC nos dias 5 e 6 de maio, o que é absurdamente fora do normal de condição meteorológica que poderia se esperar nesta época do ano.

 

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