Calor bate recorde histórico em Cuba | YAMIL LAGE/AFP/METSUL METEOROLOGIA
Cuba estabeleceu ontem um novo recorde absoluto de temperatura máxima ao registrar 40,1ºC em Jucarito, localidade da província de Granma, valor considerado o mais alto de sua história pelo serviço meteorológico da ilha. O país se junta a muitos outros ao redor do mundo que tiveram máximas absolutas nacionais nos últimos meses, um período de acelerado aquecimento do planeta.
Antes de ontem, o recorde absoluto de temperatura máxima de Cuba, que havia sido reportado na estação de Veguitas naquela mesma província, era de 39,7 °C, em 12 de abril de 2020. A informação foi duivulgada pelo serviço meteorológico nacional cubano.
A marcante influência das altas pressões, da forte radiação solar, da baixa nebulosidade e da fraqueza dos ventos propiciaram o novo recorde para Jucarito, relatou o meio estatal Cubadebate. Vários recordes de calor foram estabelecidos nas últimas semanas na América Central e no Caribe.
Jucarito, um território que nos últimos anos tem registrado temperaturas elevadas, quebrou seu próprio recorde anterior neste dia, quando o termômetro da estação meteorológica marcou 39,2ºC em 11 de abril de 2020.
Antes do recorde de ontem, a temperatura havia atingido no dia anterior 38,6ºC e em 17 de março os termômetros tinham marcado 38,9ºC. De acordo com o Centro do Clima do Instituto de Meteorologia (Insmet), março de 2024 foi o mais quente em Cuba, tomando como referência a temperatura mais alta registrada.
Outros territórios cubanos que mostram tendência a um aumento acentuado das temperaturas acima de seus valores típicos são as vilas de Veguitas, também em Granma, e Indio Hatuey, na província ocidental de Matanzas, com 39,3ºC.
De acordo com estudos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Citma), as projeções para o país caribenho diante dos efeitos do aquecimento global preveem que o aumento na temperatura média anual estará acima de um grau Celsius em 2030 e será de 3,5 graus em 2070, tomando como referência o período de 1961-1990.
As estimativas cubanas ultrapassam o limite de 1,5ºC estabelecido pela comunidade internacional para combater as mudanças climáticas, aumento fixado no Acordo de Paris como limite para evitar as consequências mais catastróficas da variação global do clima no planeta.
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