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Dezenas de milhões de norte-americanos enfrentam temperaturas escaldantes ou buscam refúgio em ambientes climatizados durante uma onda de calor classificada como “extremamente perigosa” que cobre o Leste dos Estados Unidos nesta terça-feira. O calor recorde levou os termômetros a marcas inéditas em mais de uma década em diversas cidades.

Homem se refresca em um hidrante no bairro de Hamilton Heights, no distrito de Manhattan, na cidade de Nova York, nesta quarta-feira. Uma onda de calor perigosa atinge o Leste dos Estados Unidos, afetando quase 160 milhões de pessoas com temperaturas ao redor de 40ºC nesta semana na região metropolitana de Nova York. | CHARLY TRIBALLEAU/AFP/METSUL

A terça-feira foi um dia histórico para o Nordeste dos Estados Unidos, com dezenas de recordes de temperatura para o mês de junho sendo quebrados ou igualados. Newark atingiu 39,4°C (103°F), enquanto Boston, o aeroporto JFK de Nova York e Manchester marcaram 38,9°C (102°F).

A combinação de temperatura e umidade fez com que a sensação térmica alcançasse até 43,3°C na região metropolitana de Nova York.

A população tenta lidar com o calor como pode. Em Manhattan, nova-iorquinos circularam com guarda-chuvas para se proteger do sol, e muitos buscaram sombra nos parques. Eleanor Burke, de 82 anos, relatou que até seu cachorro sofreu durante uma simples caminhada noturna.

O sistema elétrico de Nova York foi colocado à prova com o aumento no uso de ar-condicionado. Um apagão no Bronx deixou mais de 34 mil residências sem energia, e a concessionária Con Edison pediu moderação no consumo.

A onda de calor é resultado de uma “cúpula de calor” – um sistema de alta pressão que prende o ar quente próximo à superfície. Esse tipo de evento, junto com chuva, é o fenômeno que mais mata nos Estados Unidos, superando furacões e tornados.

Na América do Sul, o gelo

Uma grande onda de frio atinge o Cone Sul da América do Sul. Chegou a nevar na cidade de Buenos Aires e sua área metropolitana, o que não ocorria desde 2012. Nevou ainda nos departamentos uruguaios de Colonia e Maldonado.

Hoje, cidades de seis estados registraram temperatura abaixo de zero hoje cedo no pico da onda de frio desta semana e que trouxe marcas excepcionalmente baixas com geada generalizada em centenas de municípios e congelamento nas áreas de maior altitude.

No Rio Grande do Sul, estações indicaram -6,1ºC em Capão Bonito do Sul; -5,8ºC em Pinheiro Machado; -5,7ºC em Ausentes; -5,5ºC em André da Rocha; -5,4ºC em Soledade; -4,9ºC em Getúlio Vargas; -4,5ºC em Vacaria. Porto Alegre registrou 2,8ºC no Jardim Botânico e 1,7ºC em Belém Novo. Na Grande Porto Alegre, Viamão desceu a -1,4ºC em Viamão.

Já em Santa Catarina as mínimas foram de -8,0ºC em Urupema; -7,7ºC em São Joaquim; -7,1ºC em Painel; -6,6ºC em Urubici; -6,0ºC em Frei Rogério; -5,9ºC em Fraiburgo e -5,2ºC em Caçador. No Paraná, os termômetros indicaram -7,8ºC em General Carneiro; -4,2ºC em São Mateus do Sul; e -3,0ºC em Colombo.

Já em São Paulo fez -2,3ºC em Barra do Turvo. Na cidade de São Paulo, a temperatura caiu a -0,7ºC em Parelheiros, no extremo Sul da capital paulista. Em Mina Gerais, a mínima no Sul mineiro foi de -2,9ºC em Monte Verde. No Mato Grosso do Sul, marcas negativas em Amambaí com -0,7ºC e em Rio Brilhante com -0,1ºC.

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