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O boletim divulgado na segunda-feira pela NOAA, Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, referente às condições da última semana, informou anomalia de temperatura da superfície do mar de -0,4ºC no Pacífico Equatorial Central. Esse valor mantém o Pacífico, tecnicamente, sob cenário de neutralidade (sem El Niño ou La Niña). O mapa acima mostra, contudo, que houve um forte resfriamento na área que é conhecida como região Niño 3.4 nos últimos dias com a formação de “língua” de águas mais frias do que a média que é clássica sob La Niña.

Isso significa que estamos sob La Niña? Não! Para que um evento do fenômeno seja declarado é preciso que este resfriamento mais acentuado observado nos últimos dias se mantenha por um período de várias semanas para que a média de anomalia de temperatura da superfície do mar de 3 a 4 meses adentre o território de La Niña, permitindo a declaração de um episódio do fenômeno. Modelos numéricos seguem sugerindo que isso pode ocorrer agora no final do ano. O Serviço Meteorológico da Austrália, acompanhando os americanos, passou a prever a probabilidade de La Niña para o final deste ano e o começo de 2018, afetando o clima gaúcho durante o verão.


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