Quem olhou para o horizonte no fim da tarde e no começo da noite não pôde deixar de notar o aspecto da lua no céu. O tempo aberto no Rio Grande do Sul favoreceu a observação do satélite natural da Terra na sua fase cheia no dia do perigeu que marca o ponto mais perto da lua da Terra em 2022. As imagens, com não poderia deixar de ser, são muito bonitas. Veja como foi a Superlua dos Cervos neste 13 de junho pelas lentes de vários fotógrafos colaboradores.

Superlua vista de Capão da Canoa (RS) | SÉRGIO ORDOBÁS

Superlua vista de Osório (RS) | GABRIEL GOMES

Superlua vista de Santana do Livramento (RS) | ANDERSON ALVES 

Superlua vista de Santana do Livramento (RS) | ANDERSON ALVES 

Superlua vista de Ijuí (RS) | CARLOS KIST

Superlua vista de Sapucaia do Sul (RS) | CAROL KLEIN

Superlua vista de Porto Alegre (RS) | MAURO SCHAEFER/CORREIO DO POVO

Superlua vista de Novo Hamburgo (RS) | PAULO PIRES/GRUPO EDITORIAL SINOS

A origem do termo superlua

O termo superlua não veio de nenhum astrônomo. Ao contrário, surgiu a partir de um astrólogo chamado Richard Nolle. Ele usou o termo pela primeira vez em uma edição de 1979 da Dell Horoscope, uma revista periódica norte-americana que já deixou de circular que cobria a astrologia. A publicação se autodenominava “a principal revista de astrologia do mundo”.

Para a sua designação de superlua, Nolle escreveu que “uma lua cheia que ocorre com a lua em ou perto (dentro de 90%) de sua aproximação mais próxima da Terra em uma determinada órbita (perigeu)” receberia a marca “super”. Eis a razão, com base apenas na definição de Nolle, para a lua cheia de hoje será rotulada como “super”.

Curiosamente, embora o termo tenha tido pouco impacto em 1979, de repente chamou muita atenção em 11 de março de 2011, quando um terremoto de magnitude 9,1 atingiu o Japão. Oito dias depois, uma lua cheia coincidiu com o perigeu e imediatamente foram feitas sugestões de que isso poderia ter servido como o gatilho para o enorme terremoto japonês. Um dos primeiros a fazer essa afirmação foi o próprio Nolle, que conjecturou que as superluas podem causar “estresse geofísico”. Com isso, o termo “superlua” ganhou força na grande mídia.

Não é lua gigante

Sempre que há um evento de superlua, imagens lindas e incríveis de uma lua gigante no céu podem ser vistas na imprensa e em sites especializados em Astronomia, o que leva muita gente a crer que se trata de uma manipulação por computador. Na realidade, os fotógrafos podem simular a ilusão da lua enorme no horizonte usando uma lente longa, com edifícios, montanhas ou árvores no quadro, explica a NASA.

Então, lembre-se que quando você vê fotos deslumbrantes que apresentam uma lua gigante acima da paisagem, tais imagens são obtidas ampliando objetos distantes perto do solo. Em outras palavras, a lua parece maior nestas fotos porque é uma visão ampliada. As fotos, porém, são reais e não photoshop.

Embora o noticiário que a lua “parecerá 14% maior e 30% mais brilhante que o normal”, não é bem assim. As superluas parecem 14% maiores e 30% mais brilhantes não em comparação com luas cheias à sua distância média da Terra, mas em comparação com luas cheias próximas à sua distância mais distante da Terra (apogeu). Tais luas cheias distantes também são coloquialmente chamadas de “microluas” ou “miniluas”. Por isso, muita gente não enxerga grande diferença em relação às outras luas cheias do ano.