“Apocalipse climático da Califórnia”. Esta é a manchete de capa do jornal Los Angeles Times, um dos principais dos Estados Unidos, na sua edição deste domingo. 

O estado mais populoso dos Estados Unidos, que se fosse um país seria a quinta economia do mundo, enfrenta uma série de desastres naturais em sequência em que um retroalimenta o outro. 


A temperatura no estado da Califórnia no mês de agosto foi a mais alta de toda a série histórica iniciada no século 19. No deserto, em Death Valley, os termômetros chegaram a marcar 54,4°C. 

Todo o Sudoeste do Estados enfrentou o agosto mais quente já registrado. Estados como Nevada, Arizona e Novo México se juntaram à Califórnia no recorde mensal. 


A região ainda enfrenta uma seca, o que pode ser agravado agora com o fenômeno La Niña. O estado passou por uma chamada mega-seca de cinco anos que estudos climatológicos indicaram ter sido a pior em mil anos. Com isso, milhões de árvores morreram e agora as árvores mortas e secas são o combustível para os devastadores incêndios. 

A área queimada por incêndios neste ano na Califórnia é a maior de toda a série histórica com 1,5 milhão de hectares queimados, número que sobe a cada dia. Seis dos vinte maiores incêndios da história da Califórnia ocorreram neste ano, segundo a Cal lFire.


O mundo se horrorizou nesta semana com as imagens de San Francisco com o céu tomado pela fumaça que lembrou cenas do filme pós-apocalíptico Blade Runner.