Amazônia registra o fevereiro com maior número de queimadas deste que se iniciaram as medições por satélites, mostram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número de focos de calor registrados no bioma até o dia 26 corresponde a 362% da média histórica.
Conforme as medições por satélites, a Amazônia anotou 2924 focos de calor entre os dias 1º e 26 de fevereiro, número muito acima da média histórica de 807. As medições tiveram início em 1998. O número está muitíssimo acima de fevereiro do ano passado, que terminou com 734 focos de calor na Amazônia.
Dois dias, em particular, tiveram um altíssimo número de focos de calor na Amazônia. No dia 20, os satélites registraram 557 focos de calor. No dia 22, 509 focos de calor. Ou seja, em apenas dois dias se superou fevereiro inteiro do ano passado e a média histórica do mês. O pior fevereiro de fogo até então tinha ocorrido em 2007 com 1761 focos de calor.
Janeiro já havia terminado com mais queimadas do que a média no bioma Amazônia com 2049 focos de calor, acima da média mensal de 1527. Foi o quarto pior janeiro de fogo da série histórica, atrás de 2003, 2004 e 2005.
No ano passado, no estado do Amazonas, o principal da região, dois meses foram recordes em número de queimadas: junho e outubro. Em outubro, o estado anotou 3858 focos de calor, muito acima da média histórica mensal de 1411.
O fenômeno El Niño, que neste evento é de forte intensidade e causou uma grande seca em 2023 na Amazônia, contribui para o aumento de queimadas, mas os focos de calor em áreas de florestas têm origem humana. Neste mês de fevereiro, as áreas amazônicas de Venezuela e Colômbia também registram um número muito elevado de queimadas.
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