Anúncios

As últimas semanas deste ano devem trazer excessos e déficits de chuva em diferentes áreas do Brasil com impactos para a agricultura em diversos estados, conforme a análise da MetSul Meteorologia.

O mapa acima mostra a projeção de anomalia de chuva (desvio da média) do modelo do Centro Meteorológico Europeu até o final deste ano no Brasil em que se observa como o padrão de precipitação será radicalmente distinto entre estados mais ao Norte e ao Sul do território brasileiro.

De acordo com a projeção do modelo europeu, as áreas com maior risco de precipitação abaixo da média até o final deste ano incluem os três estados do Sul e pontos mais ao Sul do Mato Grosso do Sul e São Paulo.

É importante destacar que precipitação abaixo ou muito abaixo da média não significa que deixará de chover, mas que a tendência é chover com acumulados inferiores ao normal da climatologia histórica.

Outro ponto importante a destacar é que estamos ingressando no período quente da climatologia anual, o que significa que são comuns temporais isolados que podem trazer elevados volumes de chuva em pontos localizados.

Assim, mesmo que o modelo esteja indicando um padrão de precipitação abaixo ou muito abaixo da média para um estado, algumas cidades podem ter volumes altos por conta destes temporais isolados que os modelos com previsão de longo prazo não conseguem antecipar porque projetam uma tendência mais geral e não em microescala.

Por outro lado, as áreas do Brasil que mais devem ter chuva até o final deste ano incluem uma faixa entre o Norte, o Centro-Oeste, o Sudeste e o Nordeste do Brasil.

A chuva nas próximas semanas pode ter acumulados superiores ou muito superiores à climatologia histórica em vários pontos de todos os estados do Norte do Brasil, na maior parte do Mato Grosso, no Norte do Mato Grosso do Sul, em Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Oeste e o Sul da Bahia, e em diferentes pontos do Maranhão e do Piauí.

Este padrão de chuva abaixo a muito abaixo da média no Sul com excessos do Centro para o Norte do Brasil é típico da atuação do fenômeno La Niña. Um episódio de La Niña com fraca intensidade está em curso atualmente na faixa equatorial do Oceano Pacífico.

Anúncios