O Rio Grande do Sul começa agosto sob estiagem em algumas regiões. Desde o dia 10 de junho o Estado enfrenta um padrão de precipitações muito abaixo da média, logo são mais de 50 dias sem registro de chuva expressiva. Como conseqüências, há prejuízos em culturas de inverno como o trigo, um aumento substancial nas ocorrências de fogo em vegetação e uma deterioração da qualidade do ar na área mais populosa do Estado que é a Grande Porto Alegre. O mapa de risco de seca da América do Sul hoje mostra valores baixos a moderados para o território gaúcho com o pior quadro no Oeste.
Chuva nesta época do ano é importante para que o plantio da safra de verão tenha início com condições favoráveis de umidade no solo, além de garantir água para as barragens que são importantes para as lavouras de arroz. Agosto, pela climatologia, é um dos meses mais chuvosos do ano. A chuva retorna nesta semana ao território gaúcho e será mais generalizada entre esta quarta e a quinta-feira, mas os acumulados, em geral, não tendem a ser muito altos. Projeções dos modelos de clima, sobretudo dos modelos americano e europeu, indicam no momento uma probabilidade de chover mais agora em agosto no Sul e parte do Oeste do Estado enquanto na Metade Norte seguiria a chuva irregular com volumes abaixo da média histórica. Não há um fenômeno atuando como El Niño ou La Niña para determinar o atual padrão de chuva no Estado.