Junho foi mais seco que o normal em grande parte do Rio Grande do Sul, como antecipava a MetSul Meteorologia, rompendo o padrão de umidade e chuva dos meses de abril e maio. No mapa abaixo de desvio de precipitação (quanto a chuva ficou acima ou abaixo do normal) observa-se que grande parte do Brasil teve chuva abaixo da media, o que evidencia uma correlação direta com os bloqueios atmosféricos que atuaram de forma intensa e abrangente ao longo do mês, sobretudo, na primeira quinzena. 

Em Porto Alegre, em todo o mês de junho o acumulado foi de apenas 44,4 mm, o que corresponde a apenas 32% do normal e fez com que junho de 2019 fosse  o 7° mais seco desde 1961. Ao longo do mês, somente em 3 dias choveu mais que 5 mm/dia.

Em São Luiz Gonzaga, o acumulado mensal foi de apenas 20,9 mm, o que corresponde a apenas 13% do normal e determinou que junho de 2019 fosse o 4° mais seco desde 1961. O junho mais seco do período foi o de 1979, quando choveu apenas 1,4 mm, seguido de junho do ano passado que teve 6,4 mm e junho de 1988 que registrou 24,4 mm.

Em Cruz Alta, a chuva em junho somou apenas 27,7 mm, logo apenas 16% do normal. Junho de 2019 foi o 6° mais seco desde 1961.

Em Bom Jesus, o acumulado foi de 22,1 mm, apenas 18% do normal. Foi o 5° junho mais seco desde 1965. O junho mais seco da cidade foi no ano de 1979,  quando o total mensal de chuva foi de zero.

Passo Fundo registrou em junho 28,8 mm, o que corresponde a apenas 19% do normal e determinou que fosse o 4° junho mais seco desde 1961. O junho mais seco de Passo Fundo foi no ano de 1988,  quando o total mensal de chuva foi de apenas 7,8 mm.

Em Bom Jesus, o acumulado no mês foi de apenas 22,1 mm, o que corresponde a somente 18% do normal e fez com que junho de 2019 fosse o 5° mais seco desde 1961. O junho mais seco da cidade foi no ano de 1979, quando o total mensal de chuva foi de zero.

Em Bagé, em todo o mês o acumulado foi de míseros 25,4 mm, o que corresponde a apenas 24% do normal e fez com que junho de 2019 fosse o 5° mais seco desde 1961. O junho mais seco da cidade foi no ano de 1989 quando o total mensal de chuva foi de zero, ou seja, não choveu. 

No Extremo Sul do Estado o cenário foi outro e a chuva foi persistente com altos acumulados em conseqüência das frentes semi-estacionarias que afetaram o Uruguai com enchentes. 

Em Santa Vitória do Palmar,  em todo o mês de junho o acumulado foi de 239,6 mm, o que corresponde ao dobro da média histórica do mês. Foi o junho mais chuvoso na cidade desde 1967, que teve 374,6 mm, ou seja, o mais chuvoso dos últimos 52 anos. Deste total de chuva de 239,6 mm em 2019, 160 mm ocorreram somente entre os dias 13 e 16 de junho.