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O swell gerado pelo ciclone extratropical no Atlântico Sul trouxe grandes ondas na praia e ressaca no mar no Litoral Norte do Rio Grande do Sul no começo desta quinta-feira (11), causando danos em quiosques na faixa de areia de Capão da Canoa.

JULIO COSTA

Um swell é uma série de ondas de gravidade mecânicas ou superficiais geradas por sistemas meteorológicos distantes que se propagam por milhares de quilômetros através dos oceanos e mares. No caso de hoje, o sistema é um ciclone intenso que está a Leste do Sul do Brasil.

Ondulações oceânicas são frequentemente geradas em regiões de depressões atmosféricas nas latitudes médias e perto dos polos entre 30º e 60º, em regiões de águas profundas, sobretudo por ciclones. A maioria das ondas de alta energia produzidas do planeta atingem o seu pico no inverno nos hemisférios Norte e Sul, época de maior incidência de ciclones intensos.

Ontem à noite, a pressão atmosférica mínima no centro do ciclone perto da costa gaúcha era de apenas 979 hPa com ventos estimados de 120 km/h a 150 km/h em mar aberto, o que gerou a forte agitação marítima com ressaca.

A tendência é que a ressaca gradualmente diminua entre hoje e amanhã no litoral gaúcho, mas a ondulação deve avançar para Norte com ondas altas e risco de ressaca nos litorais de Santa Catarina e do Paraná, e depois na costa do Sudeste do Brasil.

A MetSul Meteorologia havia advertido que o ciclone traria ressaca do mar e que poderia ser forte. Cinco estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro) registraram rajadas em terra acima de 100 km/h pelo ciclone. A maior rajada foi observada na Serra do Mar do Paraná com 131,8 km/h.

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