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A primeira metade de outubro foi marcada principalmente pelo aumento na frequência da chuva com o retorno da umidade no Centro do Brasil, o que trouxe episódios de temporais isolados em vários estados. A segunda metade  que se inicia hoje trará mais chuva e uma massa de ar frio.

TIAGO MAZZA CHIARAVALLOTI/NURPHOTO/AFP/METSUL

A chuva durante a primeira metade do mês apresentou grande variabilidade nos estados do Centro-Sul do Brasil com precipitação perto e pouco abaixo da média na maioria das áreas e setores localizados com precipitação acima das normais históricas, como em pontos do interior do Paraná e do interior de São Paulo.

No último fim de semana, por exemplo, forte instabilidade trouxe acumulados de chuva próximos e acima de 100 mm em vários municípios paranaenses, destacando-se a cidade de Cruzeiro do Iguaçu que somou mais de 150 mm.

O sinal da temperatura também não desviou muito da média na maior parte do Centro-Sul brasileiro na primeira metade do mês com marcas acima da média na maioria dos estados nas mínimas. O Paraná teve mais áreas com temperaturas mínimas mais abaixo do normal.

Já as máximas ficaram mais acima da média no Rio Grande do Sul e no Centro-Oeste. Santa Catarina, Paraná, o Leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais anotaram máximas perto e abaixo da média.

Outubro é um mês tipicamente de primavera com menos frio e um aumento dos dias de calor no Sul do Brasil ao passo que no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil marca o retorno da chuva mais frequente com temporais principalmente da tarde para a noite. O tempo severo, a propósito, é uma das características de outubro que é um dos meses mais tempestuosos do ano no Sul do país pelo encontro das massas de ar frio e quente, além da atuação de áreas de baixa pressão e sistemas convectivos de mesoescala (aglomerado de nuvens carregadas).

Em Porto Alegre, por exemplo, outubro tem precipitação média histórica (série 1991-2020) de 153,2 mm. Trata-se de uma das mais médias mensais mais altas de precipitação na capital gaúcha, só atrás de julho (163,5 mm). A temperatura mínima média é de 15,7ºC e máxima média histórica de 25,2ºC.

Na cidade de São Paulo, por sua vez, o mês de outubro marca o aumento da curva anual de chuva que tem seu pico no verão com precipitação média mensal de 127,2 mm na estação do Mirante de Santana. A temperatura mínima média é de 16,5ºC e a normal das máximas é de 26,5ºC.

Chuva na segunda metade de outubro

À medida que a temporada seca de outono e inverno chegou ao fim e a umidade no Brasil aumenta gradualmente com chuva cada vez mais frequente, a tendência é que nesta segunda quinzena de outubro chova mais no país do que na primeira quinzena do mês.

Conforme a análise da MetSul Meteorologia, a perspectiva é que os maiores volumes no Centro do Brasil se concentrem nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em vários municípios, a chuva nestes 15 dias restantes do mês pode somar 100 mm a 200 mm com registros isoladamente superiores.

Mapa abaixo mostra a projeção de chuva do modelo do Centro Meteorológico Europeu (clique aqui para ter acesso) para os próximos 15 dias em que se observa como o padrão seco dos últimos meses dá lugar a um padrão mais chuvoso e úmido no Centro do país.

METSUL

Espera-se também um aumento da frequência de chuva no estado de São Paulo nesta segunda quinzena de outubro. Os mais altos volumes devem se dar no período em cidades perto da costa, o que se repetirá no Rio de Janeiro e no Espírito Santo por uma frente fria seguida de massa de ar frio oceânica que favorecerá instabilidade maior em pontos próximos do litoral.

Na Região Sul, persiste a tendência de grande variabilidade de volumes observada na primeira metade do mês com chuva abaixo e acima da média conforme a localidade. Os dados, porém, indicam uma propensão maior a acumulados mais altos na Metade Norte do Rio Grande do Sul e nos estados de Santa Catarina e do Paraná.

A MetSul enfatiza que a chuva poderá vir em vários momentos com temporais seja de vento ou granizo em estados do Centro-Sul. Novos episódios de forte instabilidade com tempestades fortes a severas localmente podem ocorrer, especialmente considerando que neste fim de semana atuará uma baixa pressão com frente fria mais intensa entre o Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul do Brasil.

E a temperatura?

O padrão de temperatura indica marcas perto e abaixo da média mais prováveis em Santa Catarina e no Paraná nesta segunda metade de outubro enquanto mais ao Sul e ao Oeste do Rio Grande do Sul a perspectiva é de marcas mais perto e acima da normal histórica.

No Centro do Brasil, a maioria das áreas deve ter anomalias de temperatura próximas ou abaixo da média pelo aumento da frequência de chuva e a atuação de massa de ar frio. Os desvios negativos devem ser maiores em Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Espírito Santo. Na última semana do mês, o ingresso de ar mais quente deve trazer marcas mais acima da média com dias de forte calor.

Jornadas seguidas de temperatura perto e acima de 40ºC, como se viu em agosto e setembro, não vão ocorrer. Cuiabá, por exemplo, deve ter muitos dias com registros de chuva. Na cidade de Paulo, nos próximos dez dias, apenas um ou dois devem ter calor. No final do mês, a capital paulista pode ter tardes mais quentes.

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