O corredor de umidade que atua sobre o Brasil, conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), segue provocando chuva e localmente volumosa em parte do país neste fim de semana e no começo da semana. A faixa de maior instabilidade tem seus efeitos maiores no Norte, Centro-Oeste, no Sudeste e no Nordeste do Brasil.
O mapa acima mostra a projeção de chuva para cinco dias do modelo meteorológico alemão Icon, disponível ao nosso assinante (assine aqui) em nossa seção de mapas. No mapa, observa-se como uma faixa de chuva mais abundante se estende entre o Norte e o Centro do Brasil.
Os maiores acumulados no período devem se dar no Amazonas, Pará, Rondônia, Norte do Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, parte de Minas Gerais e áreas do estado da Bahia. Os acumulados em alguns pontos podem ser localmente excessivos com risco de alagamentos e inundações.
Uma área de baixa pressão na costa desloca o canal de umidade da ZCAS mais para o Norte. O efeito é reduzir a chuva no Mato Grosso do Sul e em São Paulo, onde somente ocorrem pancadas muito isoladas devido ao calor.
A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é conhecida por ser uma faixa de nebulosidade que atravessa o Brasil. Este corredor de umidade, um verdadeiro rio atmosférico, tem uma orientação climatológica típica de Noroeste para Sudeste, estendendo-se da região da Amazônica até o litoral da Região Sudeste.
Em alguns casos, especialmente durante o verão, a orientação da ZCAS chega a levar a faixa de maior instabilidade até os litorais do Paraná e de Santa Catarina, o que explica o tempo às vezes muito chuvoso durante o verão no litoral catarinense enquanto o Oeste de Santa Catarina enfrenta estiagem e falta de chuva.
Os eventos de ZCAS são sazonais. São comuns entre os meses de novembro e março, ou seja, é um fenômeno típico de estação quente e podem durar até dez dias consecutivos, causando grandes volumes de precipitação nas áreas de atuação.
Tais eventos da Zona de Convergência do Atlântico Sul podem ser iniciados com a participação de frentes frias, que atravessam o Sul do Brasil e que ao chegarem na Região Sudeste passam a gerar convergência de umidade da região amazônica até o Oceano Atlântico.
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