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Chegada de vazão de rios afluentes elevará o nível do Guaíba nesta semana sem previsão de atingir as marcas extremas observadas em maio | ANSELMO CUNHA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Os altos volumes de chuva registrados durante o fim de semana na Metade Norte do Rio Grande do Sul vão levar inevitavelmente a uma elevação do Guaíba nesta semana em Porto Alegre com uma trajetória de alta se iniciando mais tarde hoje.

No começo da manhã desta segunda, o Guaíba estava ao redor de dois metros no Cais Mauá, logo um metro abaixo da cota de transbordamento no local e mais de três metros abaixo do pico da cheia de maio.

Dois rios importantes que desaguam no Guaíba estão passando por cheias. São os casos do Taquari e do Caí que já causam inundações nos vales.

No começo da manhã, o Taquari chegava a 22 metros em Estrela e seguia subindo, com tendência de elevação ainda durante esta segunda, mas sem previsão de se aproximar do pico da cheia de maio de 33 metros. As águas do Taquari chegam entre 24h e 36 horas depois na área de Porto Alegre.

Já o Rio Caí estava em 14 metros em São Sebastião do Caí no começo da manhã desta segunda. A tendência era ainda de alta. Em maio, o rio passou de 18 metros em São Sebastião do Caí.

O maior afluente, o Jacuí, teve chuva de 100 mm a 150 mm no fim de semana em pontos perto das nascentes. Nas partes intermediárias e final da bacia, entre o Centro do estado e o delta, os volumes não foram altos. Assim, choveu muito menos que no final de abril e no começo de maio. Logo, a vazão maior do fim de semana pelo Jacuí tardará ainda muitos dias por chegar.

O Sinos, que desemboca igualmente no Guaíba, passará por cheia nesta semana. Suas águas, porém, levam vários dias para alcançar a área de Porto Alegre. O mesmo ocorre com o Gravataí, que também subirá ao longo da semana com a chuva ocorrida no Litoral Norte.

Assim, com aumento de vazão de todos os afluentes, é inevitável que o Guaíba suba. Que superará a cota de alerta de 2,50 metros no cais é uma certeza, mas quanto pode subir mais tem o imponderável do assoreamento causada pela grande enchente de maio que modificou as características no delta.

Agora, independentemente disso, enfatizamos que não deve ser esperada uma cheia sequer perto dos níveis observados no começo de maio, quando o Guaíba passou dos cinco metros na capital.

O maior risco é para as ilhas, onde a água havia recuado. Com a subida do Guaíba, de novo haverá alagamentos no bairro Arquipélago no decorrer desta semana, embora muito menos graves do que no mês de maio.

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