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Guaíba sobe em Porto Alegre nesta quarta com a chegada da vazão dos rios gerada pela chuva do último fim de semana | ANSELMO CUNHA/AFP/METSUL METEOROLOGIA/ARQUIVO

O nível do Guaíba se aproximava no começo da manhã de hoje da cota de alerta de 2,50 metros no Cais Mauá. Medição da régua da empresa TideSat indicava 2,45 metro no cais e a tendência era de elevação. O valor está mais de meio metro abaixo da cota de transbordamento de 3,00 metros e mais de 2,5 metros abaixo do pico da cheia de maio.

A elevação já era prevista porque está chegando à área de Porto Alegre a vazão da chuva ocorrida no fim de semana nas bacias dos rios contribuintes. Taquari e Caí registraram cheias.

O pico da cheia em Lajeado e Estrela ocorreu na noite de segunda-feira com 24 metros, muito abaixo dos 33 metros de maio, e o máximo da vazão do vale costuma alcançar o Guaíba 36h a 48 horas depois.

A contribuição da chuva forte em Porto Alegre nas últimas horas para o nível do Guaíba é modesta e a subida que ocorre decorrer essencialmente da vazão dos afluentes pela chuva que ocorreu no fim de semana na Metade Norte.

Nas últimas horas, felizmente, a chuva não foi volumosa na Metade Norte, onde estão as nascentes dos rios Taquari, Caí e Sinos, em cenário diferentes do que ocorreu no fim de semana.

Os elevados volumes de chuva entre ontem à noite e esta manhã ocorreram de Porto Alegre para o Oeste e o Sul. Chuva que ocorre em locais ao Sul da capital não interfere no Guaíba.

Caíram altos volumes, contudo, a Oeste da cidade, no Centro do estado e na Região Carbonífera, nas partes intermediária e final da bacia do Rio Jacuí, maior afluente do Guaíba, o que inevitavelmente vai parar no Guaíba.

Assim, a tendência é que o Guaíba siga subindo no curto prazo e supere a cota de alerta no Cais Mauá de 2,50 metros ainda hoje, mas com o que choveu até o momento em todos os rios contribuintes não há qualquer risco de uma grande enchente como a de maio.

O risco está para as ilhas que registram alagamentos com cotas acima de 2 metros no cais. Uma vez que o Guaíba deve seguir subindo, o número de áreas alagadas nas ilhas deve aumentar.

Na área não insular de Porto Alegre, dentro da cidade, os alagamentos que ocorre se dão pela chuva forte das últimas horas e não pelo avanço do Guaíba sobre a cidade. O Guaíba está mais de meio metro abaixo da cota de transbordamento no cais.

Os bairros São Geraldo e Navegantes registram alagamentos nesta manhã porque a casa de bombas do São Geraldo deixou de funcionar e, com a chuva intensa que caiu e a rede de esgotos assoreada, se registra acúmulo de água.

Se o Guaíba subir mais, a cotas de 2,60 ou 2,70 metros, as águas refluem pela rede pluvial em áreas próximas da Voluntários da Pátria e na Praia de Belas se as casas de bomba não estiverem funcionando adequadamente.

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