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A trégua da chuva com maiores volumes de mais de duas semanas no Rio Grande do Sul vai chegar ao fim neste fim de semana com a chegada de uma frente fria ao estado que vai acabar com o longo veranico.

A frente fria vai trazer chuva tanto no sábado como no domingo para o território gaúcho e que deve ser mais ampla e mais forte no domingo, especialmente entre o Centro do estado e a região Norte da Lagoa dos Patos e Porto Alegre.

A chuva prossegue ainda na segunda-feira com os maiores acumulados mais ao Norte do estado, especialmente no Noroeste gaúcho que pode ter uma segunda com volumes elevados de precipitação.

Uma vez que o Rio Grande do Sul ainda enfrenta os efeitos do grande desastre, a chuva traz preocupação com muito lixo e entulhos nas ruas, redes de esgotos comprometidas e rios assoreados.

O cenário guarda semelhança com o do fim de abril e o começo de maio na condição sinótica em que bloqueio atmosférico associado a ar seco e quente no Centro do Brasil mantém a instabilidade retida por dias sobre o estado, mas a semelhança para por aí.

Apesar da previsão de volumes altos, deve chover muito menos que na virada de abril para maio. Por isso, a insistência da MetSul de que não é uma repetição daqueles dias de meio de outono.

A chuva volta, felizmente, após uma primeira metade de junho de precipitação abaixo da média, o que permitiu que os rios baixassem, embora o Guaíba e a Lagoa dos Patos sigam acima do normal.

Amanhã, o sol aparece com nuvens em parte do estado com um começo de dia abafado, mas chove desde cedo no Sul e até o fim do dia em várias regiões, com baixos volumes no geral.

No domingo, a chuva é ampla e será forte em vários pontos do Centro para o Norte gaúcho com marcas de 50 mm a 100 mm e isoladamente superiores, o que pode causar alagamentos e mesmo o transbordamento de cursos d´água menores como arroios e valões.

Os mapas abaixo mostram as projeções de chuva para os próximos sete dias a partir dos dados dos modelos americano GFS, canadense, alemão e europeu, com base na rodada da 0Z desta sexta.

Projeção de chuva do modelo norte-americano GFS para os próximos sete dias | METSUL

Projeção de chuva do modelo alemão Icon para os próximos sete dias | METSUL

Projeção de chuva do modelo canadense para os próximos sete dias | METSUL

Projeção de chuva do modelo europeu para os próximos sete dias | METSUL

Como se observa, os maiores volumes de chuva devem se concentrar na Metade Norte do estado. A maioria dos modelos indica uma faixa de precipitação mais volumosa entre o Centro do estado e a Grande Porto Alegre e uma segunda entre o Noroeste e a Serra.

Há um consenso entre os dados de que o Noroeste do Rio Grande do Sul deve ter os mais altos volumes de chuva nos próximos sete dias, com marcas em alguns pontos de 200 mm a 300 mm, e isoladamente até possivelmente superiores, o que é muita água.

Há enorme preocupação da população e governo com o domingo, que pode ter alagamentos, mas é a persistência da chuva semana que vem que nos preocupa. Isso porque se somará à chuva do domingo com impactos nos rios.

Sob o cenário de chuva que se projeta, em que em só uma semana podem cair 100 mm a 250 mm em vários pontos do estado, os níveis dos rios subirão e alguns podem atingir cotas de inundação.

A partir do indicado pelos modelos de chuva, rios como Jacuí, Taquari e Uruguai devem ter elevação maior, embora longe dos patamares de maio no Taquari e Jacuí. Já o Uruguai no Noroeste deve subir mais do que em maio, já que os volumes no fim de abril e em maio no Noroeste gaúcho foram muito inferiores ao restante do estado.

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